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"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

Hoje pagamos no Brasil o preço de uma logística ineficiente e ineficaz. Temos um litoral imenso, rios navegáveis mas usamos as rodovias que cortam o Brasil de leste a oeste, de norte a sul. Temos imensas regiões planas e próprias para o uso de ferrovias, mas nossa malha ferroviária utiliza 5 bitolas diferentes, e um trem não consegue sair do sul até o sudeste, pois os trilhos são incompatíveis.

Nossa agricultura não consegue escoar a produção do Centro-Oeste até o litoral de maneira eficiente
Nossa indústria sofre com custos logísticos imensos atrapalhando nossa competitividade internacional.
Nossos aeroportos com tantos atrasos e cancelamentos.
Assim, sem segurança nas estradas e com uma péssima infra-estrutura de transportes, vamos perdendo competitividade e nossas empresas deixam de crescer. Lembrando que ainda temos o desafio de receber uma COPA e uma OLIMPIADAS pela frente.

domingo, 20 de outubro de 2013

Capacidade !

“Eu não confio no meu currículo. Confio na minha capacidade em ajudar omeu cliente a resolver o problema dele e, se me perguntar por que eu ainda estou no topo, eu digo que é por isso.”
Roberto Shinyashiki

Mexe com a logística, mexe com você

Como um grande apaixonado pela área da logísticanão me atenho aos comportamentos desencadeados pela paixão, como ilusões e insensatez; mas à essa maravilha em que a logística enraíza seu contexto: a lógica – Essa enorme vascularização das tomadas de decisões embasadas no conhecimento, com agilidade e atenção às reações do mercado.
A Logística é hoje a atividade que mais se faz presente em nossas vidas. Com seus problemas – e são muitos[...] – que refletem em nosso dia a dia, revelam nossas fraquezas e a extrema necessidade de mudança, de melhorias contínuas. Basta analisar que muitos desses problemas que afetam o mercado de transportes são os mesmos que dificultam a vida do cidadão: trânsito, vias insuficientes e mal cuidadas, falta de planejamento e infraestrutura, insegurança e falta de acompanhamento do poder público…  

Resultado: Caro para a Logística, caro para você.
Se compararmos as taxas de crescimento econômico com os investimentos em logística no mesmo período, podemos constatar que há uma melhora substancial do sistema econômico brasileiro. 

O que precisa ficar claro para o Brasil é que não se pode investir em logística no decorrer do crescimento, mas antes dele

Não se pode continuar colocando a água no fogo enquanto se planta o feijão – Se gasta energia (fogo), recursos (água) e mão-de-obra; e ainda há o risco de se comer um feijão de má qualidade, pois se a colheita não for boa, vamos ter que comê-lo assim mesmo pela falta de tempo.

Qualidade de vida é comer bem, trabalhar com o que gosta, saúde e segurança assistidas, conforto… Não há outra coisa que possa proporcionar essas outras do que um bom planejamento. E para um bom planejamento não há nada melhor do que conhecimento, recursos e antecipação. No caso do nosso Poder Público, “vontade” é fundamental; é o início de tudo, de bom ou de ruim.
A Logística, não só a área de transportes, está intimamente ligada ao aumento ou diminuição da taxa de desemprego no país, pois é o setor que canaliza todos os investimentos que possibilitam a ampliação e o sucesso dos mercados.
Não há como melhorar o sistema logístico do mundo sem melhorar a vida das pessoas. O que antes atingia quem estava diretamente ligado à área da logística, hoje abrange a todos, sem exceção. Desde alimentos até automóveis e outros bens que antes não eram disponíveis em uma classe ou região, seja pelo acesso ou poder econômico, vêm possibilitando novas experiências às pessoas. 

Com o envolvimento da Logística em todos os processos que garantem competitividade, nasceu uma fase que podemos chamar de “Logística para todos”, onde todos se beneficiam – ou sofrem – com os efeitos da modernidade trazida por essa área.
Mágica e revolucionária, a Logística propicia a inserção de qualquer indivíduo num meio social e/ou econômico. Sem opção, a esse indivíduo cabe seguir a velocidade do tempo ou perder-se nele. Sem velocidade não há como competir e sem tempo não há logística – embora consigamos dias com 26 horas –. Sem a Logística você não seria você.

por:                          http://www.logisticadescomplicada.com

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A Carroça Vazia



Para refletir:
Uma das grandes preocupações do meu pai, quando era pequeno, era fazer-me compreender o quanto a cortesia é importante na vida.

Por várias vezes percebi o quanto lhe desagradava o hábito que certas pessoas têm de interromper quando alguém está a falar.
Eu incidia muitas vezes nesse erro. E, embora visivelmente aborrecido, ele nunca ralhou comigo, o que me surpreendia bastante.

Certa manhã, bem cedo, convidou-me para ir ao bosque para ouvir o cantar dos pássaros. Concordei, com grande alegria, e lá fomos nós humedecendo o nosso calçado com o orvalho da relva. Ele deteve-se numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, perguntou:

- Estás a ouvir alguma coisa além do canto dos pássaros?

Apurei o ouvido alguns segundos e respondi:

- Estou a ouvir o barulho de uma carroça que deve estar a descer pela estrada.

- Isso mesmo... É uma carroça vazia...

De onde estávamos não era possível ver a estrada e eu perguntei admirado:
- Como podes saber que está vazia?

- É muito fácil saber. Sabes por quê?

- Não! - respondi intrigado.

O meu pai pôs as mãos nos meus ombros, olhou bem no fundo dos meus olhos, e explicou:

É muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grossura inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e, querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo: 


"Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz...".


Fonte: Autor desconhecido !!!

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Clones, seguidores ou sucessores

Capacitar líderes é uma missão que exige muito mais do que transmitir a alguém tudo o que você sabe, faz e acredita.

Numa indústria trabalhavam três gestores responsáveis por diferentes áreas do negócio que eram reconhecidos como competentes pelos seus pares e estavam prestes a se aposentar. Portanto, profissionais que precisavam acelerar a capacitação de quem ocuparia estas posições num futuro próximo.

Após elegerem seus substitutos, o primeiro deles intensificou a transmissão dos conceitos de liderança ao pupilo a fim de que pudesse enfrentar as mais diferentes situações cotidianas com o mesmo sucesso que lhe era peculiar. Para isto, grudou o neolíder ao seu lado e passou a explicar em detalhes tudo o que fazia para conduzir a equipe de trabalho tão bem e quais princípios de liderança o guiavam.

Enquanto isto, o segundo procurava inspirar o aprendiz contando-lhe como havia lidado com os problemas que enfrentou ao longo da sua trajetória profissional e se mostrava acessível a maior parte das vezes. Tal comportamento causava grande admiração naquele que precisava iluminar, especialmente pelo fato de ter respostas para qualquer questão que aparecia pela frente. E também provocava suspiros: "Algum dia eu serei como ele".

Já o terceiro preocupou-se em educar seu formando para que soubesse resolver problemas, sejam eles quais fossem. Para isto, passou a delegar-lhe boa parte das buchas que apareciam pelo departamento e capacitou-o a ser sensato nas tomadas de decisão em vez de, simplesmente, prender-se a um método de sucesso.

Um ano após a saída dos três gestores era possível notar resultados muito diferentes em cada uma das áreas. A primeira permanecia na mesma, com as características positivas e negativas da gestão passada. Até parecia que os gestores – o antigo e o novo – eram gêmeos siameses. A segunda encontrava-se em ruínas. Com a saída do antigo gerente, o substituto ficou desnorteado e descobriu que não sabia lidar com os desafios que o cargo impunha. Por outro lado, a terceira área alcançava recordes de produção e o neolíder já estava com o time nas mãos.

Por que apenas um deles atingiu o ápice? O primeiro líder dedicou-se a formar um clone que pudesse substituí-lo com o compromisso de continuar fazendo exatamente aquilo que era realizado até então. O segundo, grande equívoco de muitos líderes por aí, formou apenas um seguidor, que contemplava seus feitos e não estava pronto para agir por conta própria. Já o terceiro líder fez o ideal: preparou um sucessor que pudesse encarar o que viesse pela frente.

Formar clones de si mesmo para tocar um negócio não é uma boa ideia. Sua gestão pode ser ótima e os resultados atuais simplesmente fantásticos, no entanto o mercado muda muito rápido e manter os mesmos equívocos e acertos como leis imutáveis é um risco excessivo, especialmente quando se pretende garantir o futuro da organização.

Outro grande erro é querer angariar seguidores. Este tipo de gestão cria uma dependência do grupo quanto à pessoa do líder, que passa a ser venerado como insubstituível e senhor da verdade. Por conseguinte, em sua ausência nada acontece e os candidatos a substituto passam apuros, pois as pessoas logo os comparam com o semideus que ainda não deixou a empresa.

Capacitar líderes é uma missão que exige muito mais do que transmitir a alguém tudo o que você sabe, faz e acredita. Demanda a humildade de preparar sucessores para que superem os feitos que mais o orgulham e o esforço de habilitá-los a resolver problemas que ainda nem existem, mas certamente os afligirão no futuro se não forem tratados com medidas preventivas.


Para isto, seja inteligente e contrate pessoas que tenham o potencial de serem melhores do que você. Indivíduos que não temam confrontá-lo de vez em quando e que sempre aparecem com duas ou três alternativas quando estão diante de um problema. Este é o melhor remédio para fugir à tentação de criar clones ou se contentar com seguidores.

Fonte:Wellington Moreira
Palestrante e consultor empresarial nas áreas de Desenvolvimento Gerencial e Gestão de Carreiras, também é professor universitário em cursos de pós-graduação. Mestre em Administração de Empresas, possui MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e é especialista em Comunicação Empresarial

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Logística da visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro

Rio monta logística similar à do Carnaval para receber papa Francisco

A visita que o papa Francisco fará ao Brasil na próxima semana para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) obrigou o Rio de Janeiro a montar uma logística semelhante à do Carnaval e um esquema de segurança tão ostentoso como o de uma Cúpula de vários chefes de Estado.

"Que o Papa me desculpe a comparação, mas a organização da Jornada é comparável à de um Carnaval pelo número de participantes e de recursos necessários, assim como por seu impacto econômico na cidade", assegurou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Papa Francisco vem ao Brasil pela primeira vez; veja agenda
O Carnaval, a principal festa do Rio de Janeiro, mobiliza milhões de pessoas em centenas de desfiles durante quatro dias e atraem mais de meio milhão de visitantes, o que obriga as autoridades a montar uma sofisticada logística de transporte, segurança e atendimento em saúde.
Para a JMJ, que será realizada entre 22 e 28 de julho, se prevê a chegada ao Rio de 800 mil turistas brasileiros e estrangeiros, entre os quais 300 mil jovens peregrinos, a maioria dos quais desembarcará em pelo menos 10 mil ônibus fretados. Somados aos cariocas, os participantes da JMJ podem chegar a dois milhões de pessoas.
Em três das atividades da Jornada com a presença do pontífice se espera a participação de mais de um milhão de pessoas.
A Prefeitura prevê que 1,5 milhão de pessoas estejam na quinta-feira 25 de julho em cerimônia na qual os jovens cumprimentarão o papa e que um número similar vá no dia seguinte à via-sacra que será encenada no calçadão de Copacabana.
À missa campal do dia 28 de julho, com a qual Francisco encerrará a JMJ e que será realizada em um descampado na região de Guaratiba, se prevê a presença de quase 1,2 milhão de fiéis porque será em um local afastado do centro da cidade do Rio de Janeiro.
Segundo Paes, esses três eventos exigirão um esquema logístico e de segurança similar ao que o Rio de Janeiro monta em todos os dias 31 de dezembro para seu famoso Reveillon, festa que costuma atrair entre 1,5 e 2 milhões de participantes.
Para responder a essa maré de gente, o município, que declarou quatro dias de feriado, impedirá a circulação de ônibus fretados na cidade, reforçará o sistema de transporte público e bloqueará centenas de vias.
Além disso, mobilizará milhares de policiais, socorristas, médicos e bombeiros, montou palcos e altares gigantescos, além de postos médicos, de acordo com o prefeito.

Papa no Brasil

O esquema de segurança foi organizado pelo Ministério da Defesa e teve que ser reforçado após os protestos que sacudiram o Brasil em junho passado e pela decisão de Francisco de utilizar um "papamóvel" aberto e sem blindagem em seus deslocamentos.
O plano inicial previa a mobilização de 12 mil militares e policiais tanto no Rio como em Aparecida do Norte, cidade paulista sede do maior santuário brasileiro e que o pontífice visitará na quarta-feira, mas esse número foi aumentado para cerca de 20 mil, entre os quais 14.600 membros das Forças Armadas.
Tal número supera a de 15 mil policiais e militares que foram responsáveis pela segurança durante a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, cúpula que reuniu em junho do ano passado no Rio de Janeiro cerca de 50 mil pessoas, entre as quais uma centena de chefes de Estado e de governo.
"O papa não é apenas o líder espiritual da religião com maior número de fiéis no Brasil, o primeiro pontífice da América Latina e uma personalidade carismática que ganhou a admiração de milhões, mas também um chefe de Estado", justificou Paes.
As preocupações com a segurança aumentaram após os protestos por melhores serviços públicos que milhões de brasileiros protagonizaram em centenas de cidades em junho, alguns dos quais terminaram em conflitos entre policiais e manifestantes.
E já foram anunciadas algumas manifestações no Rio durante a visita do pontífice, entre as quais uma de um grupo de ateus e outra de uma organização que luta contra a suposta ideia de que as mulheres são responsáveis pelos abusos sexuais que sofrem.
O comandante da Primeira Divisão do Exército e responsável por todo o plano de segurança, general José Alberto da Costa Abreu, não descarta que sejam convocadas manifestações por grupos que defendem temas considerados tabus para a igreja, como o aborto, o uso de preservativos e o casamento de homossexuais.

Papa Francisco no Brasil


Com um público estimado em 1,5 milhão de pessoas, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 ocorre entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro. O evento, realizado a cada dois ou três anos, promove um encontro internacional de jovens católicos o Papa. A última edição da JMJ ocorreu em 2011, em Madri, na Espanha, e reuniu cerca de 2 milhões de pessoas, de mais de 190 países.
O evento marca também a primeira grande visita internacional do papa Francisco desde sua nomeação como líder máximo da Igreja Católica, em 13 de março desde ano. O Pontífice chega ao Rio de Janeiro na tarde do dia 22 de julho, com retorno a Roma previsto para o dia 28. Sua agenda no Brasil contempla a visita à comunidade de Varginha, no complexo de Manguinhos, na zona norte do Rio, e ao Hospital São Francisco de Assis. Além disso, terá um encontro com a sociedade no Theatro Municipal, no centro da cidade, e ao Santuário de Aparecida, em São Paulo. O ponto alto fica por conta de duas grandes celebrações na praia de Copacabana, na zona sul do Rio, nos dias 25 e 26.

fonte: Terra Noticias

sexta-feira, 14 de junho de 2013

A história da Alpargatas

Antiga presença: Dona da marca Havaianas, uma referência da moda brasileira no mundo, entre outras marcas, a Alpargatas comemora, hoje, nada menos que cem anos na Bolsa de Valores de São Paulo – tempo de existência considerado quase que um milagre da perpetuidade para qualquer empresa. Grandes guerras, crises econômicas, crises de gestão e de consumo foram alguns dos cenários enfrentados durante este período pela companhia de calçados, consagrada como uma das brasileiras percursoras da difícil arte de tornar-se um negócio global. Conheça, a seguir, um pouco mais da história da Alpargatas. 
Começo de tudo
A história da companhia começa em 3 de abril de 1907 com a vinda da Argentina
para o Brasil do escocês Robert Fraser, investidor que se une a um grupo de empresários, para a criação da Sociedade Anonyma Fábrica Brazileira de Alpargatas e Calçados. A companhia, que depois passaria a se chamar São Paulo Alpargatas, começou com uma fábrica na Mooca, zona leste da capital paulista, para a produção de calçados para trabalhadores na colheita decafé. Hoje, a empresa é controlada pela Camargo Corrêa, dona de pouco mais de 30% do capital votante. 

 Primeiros desafios
Em 1910, os calçados para lavouras de café impulsionam os negócios da empresa, que acaba tendo de estrear na Bolsa de Valores, com a intenção de captar mais recursos e investir na ampliação das operações. Porém, com a Primeira Guerra Mundial, as dificuldades financeiras, falta de matéria-prima e gripe espanhola, que deixa metade dos empregados da fábrica doentes, atrapalham os negócios. No fim da década de 20, a crise econômica provocada pela superprodução de café e pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York faz cessar a produção das Alpargatas Roda, um dos calçados mais acessíveis e populares do País.

Novas marcas
Enquanto muitas empresas fechavam suas portas, a companhia decide investir
ainda mais nos negócios e retoma a fabricação da Alpargatas Roda. Passa também a fornecer mochilas, barracas e fardas aos combatentes da Revolução de 1932. Depois de atravessar outro grande desafio, com a Segunda Guerra Mundial, a companhia lança sua primeira calça jeans, a Rodeio. Na década de 50, os modelos de tênis Conga e Bamba Basquete são lançados, assim como a lona Sempreviva. Os lançamentos seguem com as calças de brim Far West, na década de 60, as botas de borracha Sete Léguas para trabalhadores da agricultura, agropecuária e construção civil no ano seguinte e a Havaianas, um ano depois.

Não deformam
Criada em 1962, a marca Havaianas foi, desde o começo, um sucesso de vendas
entre as pessoas que recorriam ao tal chinelo de dedo para ficar em casa. As vendas perderam fôlego nos anos 80, mas foram relançadas em 1994, com outro enfoque. Os produtos reapareceram com tons monocromáticos e, três anos depois, em versões de uma infinidade de cores para deixar de ser funcional e se tornar um acessório de moda. O marketing em cima das “únicas que não deformam” ajudou bastante. Missão cumprida com sucesso dentro e fora do país, onde o produto ganhou destaque a ponto de ser usado por celebridades de todo mundo.

Em 2009, a marca ganha sua primeira loja conceito: o Espaço Havaianas, na Rua Oscar Freire, badalado endereço da capital paulista. 

Marcas esportivas
A empresa inaugura fábricas de Norte a Sul do País e entra no segmento de artigos esportivos com o lançamento da marca Topper e a compra da Rainha em 1979, no mercado brasileiro desde 1934. Inaugura, anos depois, uma fábrica na Paraíba, e lança as sandálias Samoa (descontinuada em 2003) e o jeans Top Plus. Além do relançamento da Havaianas, a Alpargatas licencia, na década de 90, as marcas Timberland, especializada em esportes de aventura, Mizuno, tênis voltado para adeptos do atletismo, o calçado Kichute, e a Nike (cuja licença da marca ficou em seu poder até 1994.

A reforma
A partir de 1998, a empresa interrompe um longo processo de declínio iniciado nos
anos 80 e volta a dar lucro. Mudanças de processos e cortes de custos e pessoas aconteceram depois do resultado de uma análise dos donos da empresa com a consultoria McKinsey e a implantação de um programa intitulado Avaliação do Valor de Atividade – apelidado internamente de Adeus aos Velhos Amigos pelos funcionários. Nesta etapa, o número de empregados foi reduzido de 14.500 para 10.500 e a empresa foi dividida, como hoje, em unidades de negócios. 


Negócios globais
O sucesso da Havaianas, e a estabilidade do cenário mundial, abriu para a Alpargatas a oportunidade de replicar o sucesso das vendas do produto de dentro para fora do Brasil. Dentro da estratégia de virar global, a companhia inaugurou, em 2007, um escritório em Nova York. Também adquiriu 60% da operação na Argentina, além da pernambucana Dupé, assumindo a liderança do segmento de sandálias no país. Em 2008, inaugura escritórios comerciais na Espanha e, no ano seguinte, no Reino Unido, França e Itália.

Compra da Osklen
Em novembro de 2010, a empresa comprou 30% da brasileira Osklen, com opção para mais 30%. A marca adquirida, já famosa internacionalmente, continuou sob a coordenação de criação e estilo de seu fundador, Oskar Metsavaht, e a intenção era repetir com a Osklen o sucesso mundial de Haiavanas. 


Novo posicionamento
Em 2009, a Topper ganha um novo posicionamento. A ideia é fazer dela uma marca unissex, voltada para vários esportes, como tênis e rugby. Mas também mantê-la no promissor mercado de futebol, com o patrocínio dos clubes Atlético Mineiro, no Brasil, o Estudiantes, na Argentina, além de craques brasileiros como os goleiros Marcos, do Palmeiras, e Marcelo Lomba, do Flamengo. No ano seguinte, passa a patrocinar a Seleção Brasileira de Rugby.


Mais mudanças
A empresa reforça o enfoque na comercialização de calçados e artigos esportivos
e vende a operação Locomotiva e os respectivos ativos do negócio. De São Paulo Alpargatas passa a se chamar Alpargatas e, seguindo o caminho da globalização, transfere sua sede e rejuvenesce a imagem institucional. Em 2011, a Alpargatas detém 91,5% do capital das operações na Argentina e vira líder do mercado de calçados na América Latina. Para analistas de mercado, a compra da Osklen é só o começo do quanto a empresa ainda pretende investir lá fora.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Fábula da Coletividade



Uma senhora vivia numa pequena chácara e tinha alguns animais: uma vaca, um porco e uma galinha. E lá também guardava milho na tulha. E havia um rato que morava lá. Esse rato vivia sossegado até um dia em que a mulher resolveu colocar uma ratoeira dentro da tulha.


O rato saiu desesperado. Correu até a vaca:
- Vaca, nós estamos com um problema sério: a mulher colocou uma ratoeira lá.

A vaca deu risada:
- Como nós? Você já viu ratoeira pegar vaca? Eu não tenho nada ver com isso. Isso é problema seu.

E saiu ruminando. 
 
O rato correu até o porco:
- Porco, nós estamos com uma encrenca danada, a mulher colocou uma ratoeira lá.

- O que é isso? 
Eu estou aqui bem longe, isso não vai me pegar, não. Ratoeira não pega porco, olha o meu tamanho e olha o seu. O problema é seu.
                                                                 
O rato atônito, correu para a galinha:
- Galinha, nós estamos com um problema muito sério.
- Pelo amor de Deus, eu já estou de com problema por aqui e você ainda vem me tortura. O máximo que posso fazer é rezar por você.
- Mas tem uma ratoeira lá.
- Mas isso não é comigo, é contigo.

O rato foi embora desanimado. À noite todos dormiram e, de repente, splaft. A ratoeira desarmou. Todos correram para olhar, inclusive o rato: era uma cascavel que tinha sido pega na ratoeira.

A mulher levantou-se, foi tirar a cascavel da ratoeira e tomou uma picada. Foi levada ao hospital à morte. Ficou vinte dias de recuperação e, na volta, precisava restabelecer a saúde na chácara. Qual a melhor comida para reforçar a saúde? Canja. Lá se foi a galinha.

Depois de um mês, resolveu dar uma almoço com feijão tropeiro para os parentes que tinham ajudado e lá se foi o porco. A questão é que o tratamento tinha ficado caro e aí tiveram de vender a vaca para um açougue...



Moral da História: Cuidado. A ratoeira que aparece ali num canto pode não te pegar num primeiro momento, mas os efeitos dela são fortíssimos. Em certos momentos, a nossa arrogância é tamanha que nos consideramos proprietários do planeta, assim como alguns se consideram proprietários daquela diretoria, daquela área. Nós não somos proprietáros, somos usuários compartilhantes.

Fabula da Coletividade  (Apresentada pelo Filósofo Mário Sérgio Cortella no Livro “Qual é a Tua Obra?” págs. 121/122)
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Você não está sozinho no mundo
Cuidado: a ratoeira pode não te pegar em um primeiro momento, mas seus efeitos podem ser devastadores.
No livro comenta sobre como geralmente nos consideramos proprietários de uma posição especial (assim como a vaca, o porco e a galinha) que nos faz ficar cegos e não enxergar o problema dos outros como um problema também nosso.
Esta falta de coletividade, companheirismo e certa arrogância é um problema que afeta muitos relacionamentos.
Em uma relação de trabalho ou afetiva, devemos sempre dedicar atenção a um problema do próximo, cuidar do outro.
O mínimo de atenção dedicada, respeito, conversa e por fim um esforço para reverter o problema do nosso próximo, além de uma atitude digna e ética, também é proteção a si mesmo.
Lembre-se: Você não é proprietário de uma posição especial, o cenário pode mudar, a ratoeira pode não te pegar diretamente, mas os efeitos dela podem te afetar.

"Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos."

"Nada nos dá legitimidade para supor que sejamos os proprietários da vida que neste planeta está. "