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"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

Hoje pagamos no Brasil o preço de uma logística ineficiente e ineficaz. Temos um litoral imenso, rios navegáveis mas usamos as rodovias que cortam o Brasil de leste a oeste, de norte a sul. Temos imensas regiões planas e próprias para o uso de ferrovias, mas nossa malha ferroviária utiliza 5 bitolas diferentes, e um trem não consegue sair do sul até o sudeste, pois os trilhos são incompatíveis.

Nossa agricultura não consegue escoar a produção do Centro-Oeste até o litoral de maneira eficiente
Nossa indústria sofre com custos logísticos imensos atrapalhando nossa competitividade internacional.
Nossos aeroportos com tantos atrasos e cancelamentos.
Assim, sem segurança nas estradas e com uma péssima infra-estrutura de transportes, vamos perdendo competitividade e nossas empresas deixam de crescer. Lembrando que ainda temos o desafio de receber uma COPA e uma OLIMPIADAS pela frente.

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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Semana Nacional de Logística em Uberlândia

A Semana Nacional de Logística, realizada pela Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub), em parceria com o Sebrae, será um grande fórum de debates e discussões dos assuntos que impactam no cotidiano dos cidadãos e das empresas. 

Participarão do evento profissionais de renome nacional que atuam nas áreas do transporte rodoviário, aéreo e ferroviário, além de especialistas em vendas online e do setor de entregas de encomendas e correspondências.

Entre os temas que serão discutidos estão a lei do motorista, soluções logísticas para pequenas e grandes empresas, o e-commerce e a logística no setor aéreo, as oportunidades na rede ferroviária, a importância do marketing, e-commerce e do planejamento logístico. 

Também haverá uma Rodada de Negócios entre empresas de logística e serão realizadas duas visitas técnicas em grandes empresas de Uberlândia.

O evento acontece entre 10 a 13 de setembro no Center Convention, em Uberlândia. Podem participar empresários, fornecedores e consumidores do setor, associados das entidades de classe, estudantes, técnicos, pesquisadores e lideranças de organizações ligadas à logística. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www.aciub.com.br


Dia 10 de setembro
-18h – Abertura oficial da semana nacional de logística
-18h45 – Palestra: “Ferrovia norte sul e suas oportunidades”, com representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
-19h30 – Painel: “Lei do motorista e questões trabalhistas” com Paulo Teodoro do Nascimento, advogado, sociólogo, assessor jurídico da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (FETCEMG) e do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de Minas Gerais (SETCEMG).

Dia 11 de setembro
-8h às 12h30 – Rodada de negócios de logística.
-10h – Palestra: “Soluções logísticas para grandes organizações” com Ricardo Fógos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios).

-14h – Círculo de palestras: “Construindo a capital nacional do e-commerce”
1º palestra: “E-commerce: sua empresa está preparada para vender online?”, com Marcelo Martins do site www.lojistaonline.com.br
2º palestra: “Marketing para e-commerce: como aparecer para vender”, com Bruno Figueredo, criador do site www.joganogoogle.com.br
3º palestra: “Planejamento logístico da entrega: desafios e soluções para um brasil continental”, com Fernando Sobrinho da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios).

19h – Fórum de logística, com o painel “A logística no setor aéreo oportunidades e perspectivas” com Alexandre Silva, gerente comercial internacional da empresa aérea TAM, e Rodrigo Otávio Jacome de Medeiros, gerente de negócios e mercados da Infraero.

Dia 12 de setembro

Manhã e tarde – Visitas técnicas a grandes empresas.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Aportes de R$ 345 mi em Uberlândia

Inversões serão feitas, ainda em 2012, pelas Lojas Americanas, grupo russo Sodrugestvo e Souza Cruz.  
por :RAFAEL TOMAZ
Uberlândia, no Triângulo Mineiro, receberá investimentos de R$ 345 milhões neste ano. Os aportes serão feitos pelas Lojas Americanas, pelo grupo russo Sodrugestvo, que atua no transbordo e armazenamento de soja, e pela fabricante 

de cigarros Souza Cruz. Os protocolos de intenções foram assinados pelas empresas na sexta-feira, durante visita do governador Antonio Anastasia ao município.
A maior inversão será feita pelas Lojas Americanas, que destinará R$ 200 milhões à construção de um centro de distribuição (CD), que irá atender, além da rede varejista, à B2W, responsável por alguns dos principais sites de comércio eletrônico no país, como a Americanas.com, Submarino e Shoptime. De acordo com a companhia, o CD deverá entrar em operação no segundo semestre de 2012. Com os aportes, serão gerados 1.500 empregos diretos e 800 indiretos.

O centro terá 100 mil metros quadrados. Deste total, 50 mil metros quadrados serão destinados às operações das Lojas Americanas e o restante servirá para o armazenamento e distribuição dos produtos da B2W. Em nota, a empresa afirmou que o empreendimento deverá garantir um melhor atendimento aos clientes de Minas Gerais e das regiões Centro-Oeste e Norte do país.
Este será o quarto CD de cada uma das empresas no Brasil. As Lojas Americanas contam com três centros de distribuição, em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Já a B2W possui dois em São Paulo e um em Recife. Ainda conforme a companhia, a rede varejista tem 42 lojas em 17 cidades mineiras. Em 2012, ela pretende inaugurar mais 17 pontos de vendas no Estado. Somente Uberlândia deverá receber três novas lojas.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Paulo Sérgio Ferreira, afirma que, para atrair o empreendimento, a cidade ofereceu boa infraestrutura, como rodovias e aeroporto. Além disso, Uberlândia possui uma localização estratégica para facilitar a logística de entrega de produtos para as regiões Centro-Oeste e Norte do país.
Além dos aportes da rede varejista, a posição estratégia do município do Triângulo Mineiro resultou no anúncio da transferência de São Paulo para Uberlândia da matriz da Carol-Sodru, controlada pelo grupo Sodrugestvo, maior processadora de soja da Europa.

Conforme informações da prefeitura, a inauguração da sede de 1.300 metros quadrados está programada para abril deste ano. Os investimentos deverão somar R$ 5 milhões. Os recursos serão aplicados em materiais de suporte tecnológico, transferência e contratação de profissionais qualificados e adequação do prédio.

Está prevista a criação de aproximadamente 100 empregos. Além disso, conforme a prefeitura, a empresa construirá uma unidade beneficiadora de sementes e uma unidade para moagem de soja e transformação em óleo, farelo, lecitina e biodiesel. A expectativa é atender o mercado interno e países como Rússia, China, além da Comunidade Europeia.

Já a fabricante de cigarros Souza Cruz irá investir somente neste ano algo em torno de R$ 140 milhões, para a compra de novos equipamentos. Durante a assinatura do protocolo, a empresa informou que poderá ampliar os aportes em R$ 250 milhões até 2015, conforme informações do governo do Estado.

domingo, 23 de outubro de 2011

Tenha a telinha do aeroporto de sua cidade em sua casa,chegadas e partidas:

Tenha a telinha do aeroporto de sua cidade em sua casa,chegadas e  partidas: clique no link abaixo:
http://www.infraero.gov.br/voos/index.aspx




Situado em uma das principais cidades de Minas Gerais, o Aeroporto de Uberlândia é 3º maior do estado e tem capacidade para atender mais de 600 mil passageiros por ano. Serve uma rica região onde a indústria, agropecuária, comércio e o setor de serviços se destacam. A região conta também com um número grande de universidade, e que tem se firmado como um importante destino brasileiro para o turismo de negócio. O aeroporto tem acompanhado o crescimento da aviação e do pólo industrial da região.
O aeroporto opera com moderno sistema de climatização na sala de embarque/desembarque e está adaptado para acessibilidade dos PCN - portadores de necessidades especiais. No mesmo período o pavimento dos pátios e pistas de pouso e decolagem passaram por reforços, o que permite a operação de aeronaves de grande porte como o Air Bus 320 e B737-800, tendo em vista que o suporte do PCN passou de 27 para 43.
O movimento de aeronaves e passageiros tem apresentado um expressivo crescimento, principalmente nos anos anteriores. Em 2004, o aeroporto registrou um acréscimo superior a 150% no número de passageiros e atingiu a marca de 53.335 embarques/desembarque em julho de 2005, o que consolidou como o principal aeroporto do interior de Minas Gerais e o vigésimo quinto em termos de movimentação de passageiros.
No ano de 2008 ocupou o vigésimo nono lugar no Ranking de receita e vigésimo sétimo no Ranking operacional tanto de passageiros como de aeronaves do Brasil.
Ainda em 2008 foi concluído um estudo de viabilidade técnica para a instalação de um Terminal de Logística de Carga, assunto este registrado através do Termo de Cooperação Técnica celebrado entre a Infraero e Prefeitura de Uberlândia, onde o Município oferece entre outras a contrapartida de doar o terreno para a construção do Terminal de Logística de Carga(TECA) e do novo Terminal de Passageiros. Onde já temos a escritura da Área 01 - Denominada Gleba 01-E; Existe a Área 02 que a Prefeitura já está adotando as medidas cabíveis com o objetivo de transferir para a União, denominada Gleba 01-F e ainda há a possibilidade da doação de terceira área.
fonte: http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/minas-gerais/aeroporto-de-uberlandia.html
Leia mais:

Gilmar Machado apresenta projeto da Infraero para ampliação do Aeroporto de Uberlândia



domingo, 23 de agosto de 2009

A TRADIÇÃO ATACADISTA de UBERLÂNDIA (Video)

Video sobre a Logistica de Distribuição de Uberlândia


sábado, 22 de agosto de 2009

A TRADIÇÃO ATACADISTA de UBERLÂNDIA (2)

Uberlândia é o centro brasileiro do setor atacadista. De acordo com o ranking da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), a cidade é a sede das três primeiras colocadas (Martins, Arcom e Peixoto) e também da sexta (União).

A tradição atacadista começou com a construção de uma ferrovia ligando São Paulo a Uberlândia no início do século XX. Dali, os produtos tinham de ser transportados em estradas de terra ao Centro-Oeste. 


A Casa Caparelli, a maior empresa de Uberlândia das décadas de 30 e 40, foi responsável pela introdução, em larga escala, do macarrão na região. 


Com a construção de Brasília, a cidade ficou num ponto estratégico entre o Sudeste e a região central em expansão. 


Mais recentemente, os atacadistas souberam aproveitar as vantagens fiscais previstas na lei. "Eles montaram centrais de distribuição levando em conta o ICMS cobrado em cada Estado", diz o economista Eduardo Guimarães, professor da Universidade Federal de Uberlândia.
Os efeitos das gigantes do atacado na cidade são evidentes. A Arcom investiu mais de 50 milhões de reais para erguer um luxuoso complexo comercial, com shopping center, hotel quatro-estrelas e centro de convenções.
A Martins tem revendedora de automóveis, madeireira e até fábrica de pregos. Nos últimos vinte anos, o setor de serviços aumentou em cerca de 20% a participação no PIB de Uberlândia, chegando a 47% do total. São centenas de negócios que surgiram para prestar algum tipo de serviço ao mercado que se desenvolveu em torno das empresas atacadistas. Toda essa atividade teve reflexo direto na renda. 


Em Uberlândia, o número de autônomos com renda acima de cinco salários mínimos é relativamente alto em comparação com cidades do mesmo porte.
fonte: http://veja.abril.com.br/181202/p_122.html
Por: Denise Ramiro e José Edward



Ranking
Área construída
Shopping
Cidade / Estado
1
365.000 m²
2
298.000 m²
3
246.000 m²
4
245.028 m²
5
231.000 m²
6
205.952 m²
7
200.000 m²
8
199.322 m²
9
188.800 m²
10
185.000 m²

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A TRADIÇÃO ATACADISTA de UBERLÂNDIA (1)



O descobridor do Brasil

O maior atacadista do país fatura
1,6 bilhão de reais entregando
mercadorias em lugares aonde
poucos ousam chegar



Divulgação
Antonio Milena
UM SALTO EM CINQÜENTA ANOS
Alair, o Papai Noel sertanejo: de um pequeno armazém nos anos 50 a um faturamento de 1,6 bilhão de reais


Alair Martins do Nascimento, de 68 anos, fundador do atacado Martins, é o Papai Noel dos grotões do Brasil. Os 2 500 caminhões da empresa com sede em Uberlândia, Minas Gerais, percorrem 125 milhões de quilômetros por ano, o equivalente a 3 119 voltas ao redor da Terra. Entregam mercadorias em todos os municípios brasileiros, fazendo um ziguezague constante num território equivalente a duas vezes e meia a área dos quinze países da União Européia. Nos grandes centros urbanos, as indústrias vendem diretamente às grandes lojas e supermercados. Fora das capitais, é outra história. Uma história que se confunde com a de Alair Martins. De acordo com estimativas, cerca de 60% dos alimentos industrializados, produtos de higiene, limpeza e perfumaria que circulam pelo interior do Brasil são distribuídos por empresas atacadistas das quais o grupo Martins é o maior representante no Brasil. Sem os caminhões da Martins, milhões de pessoas não teriam acesso aos produtos de Natal. É nesta época do ano que a companhia faz seu maior volume de entregas, mas a operação é sempre gigantesca em qualquer dia, semana ou mês.



Do pequeno e humilde armazém, fundado na década de 50 com alguns trocados, ao império de hoje, Alair teve muito trabalho e pouco glamour. Para ganhar cada milhão, foi obrigado a mudar de estratégia continuamente. Depois da etapa inicial do desbravamento do Centro-Oeste, a Martins se beneficiou da inflação galopante. "Assim como as demais companhias do setor, ela comprava produtos da indústria na última semana do mês e vendia na primeira do mês seguinte, incorporando a inflação passada", conta Geisa Cleps, professora da Universidade Federal de Uberlândia e autora de um estudo sobre o assunto. Mas, para se distanciar dos concorrentes e chegar a um faturamento anual de 1,6 bilhão de reais, a Martins precisou ser mais do que oportunista. Foi necessário ser também pioneira. "A empresa percebeu antes das demais que apenas entregar mercadorias não bastava", diz Altamiro Borges, dono da consultoria ABPL. A Martins fundou um banco para financiar seus clientes e começou a orientá-los na montagem da loja. Ensina-lhes coisas que vão da composição adequada de produtos até a maneira mais atraente de distribuí-los pelas prateleiras. Os treinamentos e os cursos acontecem na Universidade Martins do Varejo, em Uberlândia, ou no caminhão usado como escola itinerante. 


Fotos divulgação
Antonio Milena
ESCOLA PARA OS CLIENTES
O caminhão itinerante da Universidade Martins do Varejo simula uma loja: treinamento e cursos para comerciantes de qualquer lugar do país

Quando Alair tinha 17 anos, morava na região de Uberlândia e pensava em parar de trabalhar na roça para montar um armazém. Vivia sonhando com caminhões e carros. O primeiro aliado foi a mãe, dona Lidormira. Foi ela quem conseguiu convencer o pai de Alair a vender uma pequena propriedade rural e financiar o armazém de secos e molhados do filho. Já no primeiro ano Alair pagou a dívida com o pai, e ainda sobrou dinheiro para reinvestir. Logo depois, casou-se com Vanda, sua mulher até hoje. Os três filhos foram criados dentro da Martins, e apenas um deles tem negócio próprio. Alair não completou o ensino fundamental, mas aprendeu rapidamente o caminho para fazer o negócio sair do armazém. No fim da década de 50, já tinha uma pequena frota de caminhonetes usadas. Comprou o primeiro caminhão no início da década de 60. Quando a economia brasileira começou a crescer a taxas altíssimas, no fim dos anos 60, ele estava pronto para decolar vendendo para pequenos comerciantes.




Hoje, Alair mora em uma casa confortável, com quadra de tênis e piscina aquecida, mas sem grandes ostentações. Depois de tantos anos de trabalho, reservou tempo para curtir os netos e praticar dez horas de exercícios por semana. Nada, caminha e faz alongamento, orientado por uma personal trainer. Não gosta de falar de política, mas, questionado sobre o fato de Lula, uma pessoa simples como ele, ter chegado ao posto mais alto na nação, responde: "Se ele escolher bem as pessoas que vão trabalhar com ele, como eu fiz, as chances de sucesso são grandes", diz Alair.

Fotos Antonio Milena
Antonio Milena
TECNOLOGIA DE PONTA
Wilson José da Silva, motorista há quinze anos da Martins: informações via satélite (à esq.). Os três robôs no depósito de Uberlândia (à dir.)

Além da empresa-mãe, Alair criou sete outras firmas, entre elas um banco que financia a abertura de lojas e a compra de mercadorias. No depósito em Uberlândia, o trabalho pesado fica a cargo de três robôs, que deslocam as caixas enquanto apenas três funcionários acompanham a operação. Tudo é computadorizado. Os 4.000 vendedores a serviço da empresa visitam semanalmente mais de 180.000 clientes em todo o país e têm como ferramenta de trabalho um laptop, o que permite que o prazo de entrega varie de um a quatro dias no máximo. Nessas entregas, os caminhões da Martins despejam coisas volumosas ou tão simples como dois ou três aparelhos de barbear, uma dúzia de canetas esferográficas, uma garrafa de uísque ou dez pacotes de absorventes higiênicos. Os caminhões param até para entregar uma única lâmpada, se houver um pedido assim na lista. Os destinos podem ser um vilarejo encravado no meio da Amazônia ou um povoado perdido no meio do pampa gaúcho. Um quarto dos caminhões é monitorado por um sistema de rastreamento de carga via satélite que já reduziu os roubos em mais de 90%. A indústria reconhece o esforço da Martins na busca por segurança e qualidade. A Philips, detentora das marcas Walita e Philishave, tem de 5% a 7% da distribuição de seus produtos feita pela Martins. "A vantagem de trabalhar com o Alair é que o grupo consegue atingir os pontos mais isolados do país", diz Amália Sina, vice-presidente da Philips do Brasil.

Divulgação
SEM BARREIRAS
A Martins atende a todos os municípios do país, mesmo os de difícil acesso. Ao ano, são 125 milhões de quilômetros percorridos

A expansão das grandes redes de supermercados e lojas é um dos maiores temores de empresas como a Martins. No cenário internacional, os grandes distribuidores de mercadorias já começaram a perder terreno porque os fabricantes estão dispensando os canais intermediários, entregando eles próprios aquilo que produzem. "Faz parte de um esforço para diminuir os preços dos produtos", explica Marcos Gouvêa de Souza, consultor especialista em vendas. No Brasil, estima-se que a área de alimentos industrializados, produtos de higiene, limpeza e perfumaria tenha vendas de 100 bilhões de reais por ano. Desse total, 56% já são vendidos diretamente das fábricas para as grandes redes de supermercado e lojas. Cerca de 16% ficam com empresas do estilo do Makro, que vendem para comerciantes.




A pressão vem tanto de fora quanto de dentro do setor atacadista. O que uma companhia inova num dia é copiado no seguinte pelos competidores. Curiosamente, as três maiores firmas de atacadistas do Brasil têm sede em Uberlândia. Quer dizer: o exemplo de Alair Martins foi seguido por gente que morava junto dele. Nilton Peixoto de Souza começou a vida como engraxate e hoje comanda a terceira maior empresa de entregas do país. Atento aos acertos do concorrente, a Peixoto passou a dar consultoria a seus clientes em áreas como marketing e visual das lojas. A Arcom, a segunda companhia do ranking nacional de entregadoras, é chefiada por Dilson Pereira da Silva, o "Dilson da Mortadela". Quando chegou a Uberlândia, na década de 50, Dilson revendia mortadela usando uma bicicleta. Além do apelido, ganhou dinheiro, poupou e acabou comprando o caminhão que deu origem à empresa. Até meados dos anos 90, a Arcom distribuía apenas artigos de armarinho. Hoje explora a venda de alimentos e material de limpeza. Nesse ambiente competitivo, os erros podem custar caro. Nos últimos anos, o mercado dava como certa a indicação de Juscelino como sucessor do pai, Alair. Uma parceria frustrada com o grupo português Jerônimo Martins e o fraco desempenho do negócio de comércio eletrônico embolaram a sucessão. Alair, que dava sinais de estar se afastando do comando da empresa, voltou com toda a carga ao comando.


Fonte:http://veja.abril.com.br/181202/p_122.html
Por: Denise Ramiro e José Edward

O comércio atacado de Uberlândia e região até 1980 (2)

O avanço dos nossos atacadistas até Mato Grosso, por meio dos destemidos motoristas, que representou, ao mesmo tempo, uma afirmação e alargamento dos negócios com o noroeste goiano, permitiu que, nos fins da década de 30 e início da de 40, se fosse organizando um contexto atacadista mais agressivo e mais técnico.

Surgem “casas” como a Capparelli, Viúva João Calixto, Colombo Vilela, M. Serralha, Irmãos Mendes, Oscar Miranda. Por iniciativa de Francisco Capparelli, o sistema de pagamento começa a mudar. Das velhas contas correntes, o pagamento passa a ser feito na volta do motorista, ou seja, por meio do motorista.

Geraldo Migliorini une-se a Boulanger Fonseca e iniciam o atacado de medicamentos em substituição a Alexandre Campos, de Uberaba, que possuía filial aqui. Os depósitos de medicamentos alcançam grande concentração na década de 50 superando a casa dos 30 estabelecimentos. Problemas fiscais no início da década seguinte afastam todos para Goiânia. Em 1949, instalam-se os primeiros depósitos de derivados do petróleo.

Na década de 50, os viajantes começam a substituir os motoristas na tomada de pedidos e isso também substitui a forma de “pagamento na volta” pelos faturamentos por prazo certo. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento das empresas permite a criação das frotas próprias o que, a par de enfraquecer as organizações classistas dos motoristas, estabelece um sistema mais eficaz de atendimento à clientela: a pronta entrega. Esse novo sistema viria criar maior confiança nos industriais paulistas que afastariam definitivamente seus viajantes da área que ficava livre para os nossos atacadistas.

Na segunda metade da década de 50, a construção de Brasília arrasta o nosso atacado para aquela área e, por extensão, para o norte goiano. A primeira empresa a enfrentar a solidão daqueles nortes é M. Serralha. Depois, o Capparelli chega ao Maranhão.

Em 1953, é fundada Borges & Martins (Alair Martins, seu pai Jerônimo e seus irmãos) destinada a ser um dos maiores atacadistas da cidade. Em 1958 instala-se a filial de Tecidos Tita. Em 1960, José Alves monta a Casas Alô Brasil, Osório Peixoto lança as bases do futuro Armazém Peixoto em 1961 etc...

A partir da década de 70, Uberlândia se transforma no maior centro atacadista distribuidor do interior do país, chegando à década de 80 com uma cobertura de 80% do território nacional. 
Distribuiu-se, daqui, quase tudo:
Secos e Molhados 
  • Alô Brasil
  • Armazéns Martins
  • Casas Uberlândia
  • Armazém do Comércio (ARCOM)
  • Armazém Peixoto
  • Irmãos Jorge
  • Irmãos Guedes
  • União
  • Urso Branco
  • Armazém do  Ponto
  • Dom Bosco (*)
Tecidos 
  • Tecidos Tita
  • Ragueb Chofih
Eletrodomésticos e Bicicletas 
  • Irmãos Spirandelli
Calçados 
  • Reis& Costa
  • Osvaldo Oliveira
  • Comercial Silveira
  • Casa das Linhas
  • União 
  • Casa Cristiane
  • Irmãos Garcia 
  • Real Moto Peças
  • Geraldo Migliorini
  • Distribuidora Mineira
  • Mercantil Centro Oeste
  • Farbrasil
  • Distribuidora Silveira
  • Esso 
  • Texaco
  • Ypiranga
  • Petrobras
  • Shell
  • Atlantic
  • São Paulo
  • Irmãos Spini
  • Ipabrac
  • Soaço
  • Cofermat
  • Triângulo
  • Agroenge
  • Metalúrgica Nacional
  • Ipê
  • Irati
  • Imperial
  • Mamoré
  • José Alves
  • Triângulo
  • União
  • Irmãos Kehdi
  • Nova Esperança
  • Bádue
  • Cevada
  • Disbram
  • Skol
  • Inglesinha
Isso, tirando a distribuição feita pelas próprias indústrias e algum lamentável esquecimento.(*)

Fonte: http://www.correiodeuberlandia.com.br/? tp=coluna&post=17687&uid=55