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"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

Hoje pagamos no Brasil o preço de uma logística ineficiente e ineficaz. Temos um litoral imenso, rios navegáveis mas usamos as rodovias que cortam o Brasil de leste a oeste, de norte a sul. Temos imensas regiões planas e próprias para o uso de ferrovias, mas nossa malha ferroviária utiliza 5 bitolas diferentes, e um trem não consegue sair do sul até o sudeste, pois os trilhos são incompatíveis.

Nossa agricultura não consegue escoar a produção do Centro-Oeste até o litoral de maneira eficiente
Nossa indústria sofre com custos logísticos imensos atrapalhando nossa competitividade internacional.
Nossos aeroportos com tantos atrasos e cancelamentos.
Assim, sem segurança nas estradas e com uma péssima infra-estrutura de transportes, vamos perdendo competitividade e nossas empresas deixam de crescer. Lembrando que ainda temos o desafio de receber uma COPA e uma OLIMPIADAS pela frente.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

L O G Í S T I C A

A LOGÍSTICA se tornou um dos grandes diferenciais por mercados globais.
Não é exagero afirmar que ela está mudando as regras na competição por mercados.



"Num mundo em que as fronteiras são cada vez menos importantes, a velocidade é fundamental e o comércio eletrônico explode, ter uma logística afinada é questão de sobrevivência”    Exame 11/10/2006

LOGÍSTICA é o CENTRO NERVOSO DE UMA ORGANIZAÇÃO.

É a atividade viabilizadora de negócios, não apenas por aproximar as partes – os vendedores e oscompradores-, mas, essencialmente, para reduzir drasticamente custos com materiais e sua movimentação;

A LOGÍSTICA se preocupa em encontrar o caminho mais ágil e econômico para juntar demanda e oferta, permitindo preços acessíveis, dentro dos prazos e dos padrões exigidos pelo cliente.

Segundo Coppead/UFRJ (2005) levantamentos efetuados nos Estados Unidos demonstram que os gastos com LOGÍSTICA equivalem a 8,5% do PIB americano, ou seja, cerca de US$ 700 bilhões.

No Brasil não existem ainda dados precisos, entretanto estima-se que os gastos com atividades LOGÍSTICAS no Brasil correspondem a 12,1% do PIB brasileiro.
PELO COUNCIL OF LOGISTICS MANAGEMENT
LOGÍSTICA é a parte do processo da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla, de forma eficiente e eficaz, a expedição, o fluxo reverso e a armazenagem de bens e serviços, assim como do fluxo de informações relacionadas, entre o ponto de origem e o ponto de consumo, com o propósito de atender às necessidades dos clientes ao custo correto.
O que é LOGÍSTICA ?
Ciência militar que trata do alojamento, equipamento e transporte de tropas, produção, distribuição, manutenção e transporte de material e de outras atividades não combatentes não relacionadas. Do grego logistiké ( relativo ao cálculo ).Denominação dada pelos gregos à parte da aritmética e da álgebra concernente às quatro operações.
LOGÍSTICA NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
ACERTO DE USO
  •  O fato de NOÉ ter tido que terminar de construir a ARCA antes do dilúvio começar e , ao mesmo tempo , conseguir reunir animais de diferentes lugares.
    • CRISTÓVÃO COLOMBO e CABRAL precisaram dimensionar a quantidade exata de víveres e o tamanho das tripulações para viagens que durariam meses , sem possibilidade de reabastecimento , ao longo desse tempo.
    GRAVE ERRO LOGÍSTICO
    •  A Campanha da Rússia (1812) revelou-se um verdadeiro desastre. Sua obstinação em punir aqueles que desobedecessem ao Bloqueio Continental o conduziu a um massacre, pois seu exército foi arrasado: levou 600 mil soldados e retornou com apenas 30 mil. NAPOLEÃO, ao contar com o reabastecimento das tropas pelo espólios conseguidos durante a invasão à RUSSIA, ele acabou vendo seus exércitos derrotados pela fome e pelo frio. As provisões foram queimadas pelos russos , que abandonavam os campos invadidos antes que os soldados invasores chegassem.               

    O que todos esses eventos tem em comum ???:

    • A gestão de recursos finitos;
    • Limites escassos de tempo;
    • Estrutura complexas;
    • Soluções simples.

    Qual é o fator determinante ???
    •  É a impossibilidade de erro,
    • A inexistência da hipótese de uma segunda tentativa.
    LOGÍSTICA  ao  FINAL DA GUERRA
    Década de   50   nos EUA :

    •  Expansão empresarial com a explosão mercadológica ;
    • Necessidade de novas técnicas de marketing e distribuição; 
    • Consolidação do varejo c/ muitas redes como SEARS sendo modelo p/outros países.
    LOGÍSTICA NA DÉCADA DE 60 
    •  Orientada para Distribuição de Mercadorias pelo Setor de Marketing ;
    • Utilização de Transporte Rodoviário e Ferroviário.
    LOGÍSTICA NA DÉCADA DE 70
    • Fenômenos mundiais que mudaram a direção desse sistema;
    • Crise do petróleo com elevação dos custos de transportes;
    • Início da era cibernética, com uso cada vez mais popular dos computadores
    • Invasão comercial japonesa acompanhada de inovações técnicas (JUST-IN-TIME , QUALIDADE TOTAL )
    LOGÍSTICA NA DECADA DE 80
    • Explosão da micro – informática;
    • O mundo começou suas grandes transformações do século;
    • A partir daí a vida nunca mais seria como antes.
    LOGíSTICA NA DECADA DE 90
    • Foi constituída pela grande batalha comercial denominada “MERCADO GLOBAL"ou “GLOBAL SOURCING”.
    Constitui-se a palavra “COMPETITIVIDADE” As grandes armas:
    • TECNOLOGIA
    • MARKETING
    • LOGÍSTICA
    LOGÍSTICA NO SÉCULO XXI
    Nos países mais desenvolvidos a superação do “SUPPLY CHAIN” sobre a LOGÍSTICA INTEGRADA.

    É mais abrangente com ADMINISTRAÇÃO em três focos:
    • ESTRATÉGIA
    • PLANEJAMENTO
    • OPERAÇÃO
    excelente fonte sobre log.:www.marciliocunha.com.br

        "A função da LOGÍSTICA é criar, ao menor custo, disponibilidade de bens exigindo o menor esforço possível do CLIENTE."
       
      OBJETIVOS
      •  Entregar o produto certo / na hora certa / no local correto / quantidade correta / qualidade desejada e ao menor custo total.
      • Garantir que o recebimento, armazenamento e manuseio dos Produtos Acabados e Insumos, sejam executados em conformidade com os requisitos especificados para aquisição e garantir também as condições de armazenamento adequadas a cada tipo de produto;
      • Garantir a boa integridade do produto enquanto sua permanência em estoque e a chegado do mesmo no cliente;
      • Garantir a expedição de produtos em conformidade com os pedidos e na data prevista;     
      Sendo assim: 
      O principal objetivo da Logística é vencer tempo e distância na movimentação de bens ou na entrega de serviços de forma eficaz e eficiente.

      Entregar o produto certo, na quantidade certa, no local certo, no momento desejado a um custo adequado poder ser a principal razão de escolha de um cliente na hora de efetuar a compra.

        CONCEITOS

        • A LOGÍSTICA é considerada hoje um dos elementos-chave na estratégia competitiva das empresas.  
        Segundo Peter Druker: “LOGÍSTICA é a última fronteira”
          DESAFIOS
          • Maximizar as lucratividades;
          • Reduzir “lead time”;
          • Reduzir Custos;
          • Reduzir volume de estoque de M.P e Insumos, sem prejuízo para a produção;
          • Aumentar a capacidade de armazenagemde P.A;
          PORQUE AS EMPRESAS NECESSITAM da LOGÍSTICA ?
          • Devido a maior competitividade global.
          • Escassez da matéria-prima.
          • Falta de mão de obra qualificada.
          • Ineficiência na distribuição de produtos.
          • Necessidade de uma maior ocupação no mercado.
            A logística visa diminuir as dificuldades existentes entre a produção de bens e serviços e a necessidade de consumo, uma vez que os recursos necessários para produção e os consumidores podem estar geograficamente distantes. Em uma cadeia de suprimentos, as informações seguem caminhos paralelos ao trabalho real executado na distribuição física e no apoio à produção.

          RFID – Radio Frequency Identification

          Identififcação via Radio Freqüência é, relativamente, uma das mais novas tecnologias de coleta automática de dados. Inicialmente surgiu como solução para sistemas de rastreamento e controle de acesso na década de 80. Uma das maiores vantagens dos sistemas baseados em RFID é o fato de permitir a codificação em ambientes não favoráveis e em produtos onde o uso de código de barras, por exemplo, não é eficiente.


          Este sistema funciona com uma antena, um transmissor e um decodificador. Esses componentes interagem através de ondas eletromagnéticas transformando-as em informações capazes de ser processadas por um computador.

          A principal vantagem do uso de sistemas RFID é realizar a leitura sem o contato como no código de barras. Você poderia, por exemplo, colocar o transmissor dentro de um produto e realizar a leitura sem ter que desempacota-lo, ou por exemplo aplica-lo em uma superfície que será posteriormente coberta de tinta ou graxa.

          Esse sistema pode ser usado para controle de acesso, controle de tráfego de veículos, controle de bagagens em aeroportos, controle de containers e ainda em identificação de pallets.  O tempo de resposta é baixíssimo, tornando-se uma boa solução para processo produtivos onde se deseja capturar as informações com o transmissor em movimento.

          domingo, 23 de agosto de 2009

          A TRADIÇÃO ATACADISTA de UBERLÂNDIA (Video)

          Video sobre a Logistica de Distribuição de Uberlândia


          Distribuicao


          A expansão das grandes redes de supermercados e lojas é um dos maiores temores de empresas atacadistas distribuidores. No cenário internacional, os grandes distribuidores de mercadorias já começaram a perder terreno porque os fabricantes estão dispensando os canais intermediários, entregando eles próprios aquilo que produzem.                 [Faz parte de um esforço para diminuir os preços dos produtos".]
          No Brasil, estima-se que a área de alimentos industrializados, produtos de higiene, limpeza e perfumaria tenha vendas de 100 bilhões de reais por ano. Desse total, 56% já são vendidos diretamente das fábricas para as grandes redes de supermercado e lojas. Cerca de 16% ficam com empresas do estilo do Makro, que vendem para comerciantes.A pressão vem tanto de fora quanto de dentro do setor atacadista. O que uma companhia inova num dia é copiado no seguinte pelos competidores. Curiosamente, as três maiores firmas de atacadistas do Brasil têm sede em Uberlândia.
          A pressão vem tanto de fora quanto de dentro do setor atacadista. O que uma companhia inova num dia é copiado no seguinte pelos competidores. Curiosamente, as três maiores firmas de atacadistas do Brasil têm sede em Uberlândia.

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          Sem dúvida a representatividade agregada do transporte é elevada. A distribuição final de pequenos lotes de transporte com distâncias curtas e para transportar produtos acabados ou semi-acabados é a vocação fundamental do transporte rodoviário.
          Segundo Lima (2006), no Brasil a relação tendo o custo do
          modal rodoviário como referência é da seguinte ordem:


          •  6,1 vezes maior do que o ferroviário;
          •  8,2 vezes menor do que o aéreo.
          •  3,0 vezes maior do que o aquaviário;


          Considerando que a participação do modal aéreo no total de carga transportada é muito pequena, o transporte rodoviário é o de maior custo absoluto (LIMA, 2006).

          sábado, 22 de agosto de 2009

          A TRADIÇÃO ATACADISTA de UBERLÂNDIA (2)

          Uberlândia é o centro brasileiro do setor atacadista. De acordo com o ranking da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), a cidade é a sede das três primeiras colocadas (Martins, Arcom e Peixoto) e também da sexta (União).

          A tradição atacadista começou com a construção de uma ferrovia ligando São Paulo a Uberlândia no início do século XX. Dali, os produtos tinham de ser transportados em estradas de terra ao Centro-Oeste. 


          A Casa Caparelli, a maior empresa de Uberlândia das décadas de 30 e 40, foi responsável pela introdução, em larga escala, do macarrão na região. 


          Com a construção de Brasília, a cidade ficou num ponto estratégico entre o Sudeste e a região central em expansão. 


          Mais recentemente, os atacadistas souberam aproveitar as vantagens fiscais previstas na lei. "Eles montaram centrais de distribuição levando em conta o ICMS cobrado em cada Estado", diz o economista Eduardo Guimarães, professor da Universidade Federal de Uberlândia.
          Os efeitos das gigantes do atacado na cidade são evidentes. A Arcom investiu mais de 50 milhões de reais para erguer um luxuoso complexo comercial, com shopping center, hotel quatro-estrelas e centro de convenções.
          A Martins tem revendedora de automóveis, madeireira e até fábrica de pregos. Nos últimos vinte anos, o setor de serviços aumentou em cerca de 20% a participação no PIB de Uberlândia, chegando a 47% do total. São centenas de negócios que surgiram para prestar algum tipo de serviço ao mercado que se desenvolveu em torno das empresas atacadistas. Toda essa atividade teve reflexo direto na renda. 


          Em Uberlândia, o número de autônomos com renda acima de cinco salários mínimos é relativamente alto em comparação com cidades do mesmo porte.
          fonte: http://veja.abril.com.br/181202/p_122.html
          Por: Denise Ramiro e José Edward



          Ranking
          Área construída
          Shopping
          Cidade / Estado
          1
          365.000 m²
          2
          298.000 m²
          3
          246.000 m²
          4
          245.028 m²
          5
          231.000 m²
          6
          205.952 m²
          7
          200.000 m²
          8
          199.322 m²
          9
          188.800 m²
          10
          185.000 m²

          sexta-feira, 21 de agosto de 2009

          A TRADIÇÃO ATACADISTA de UBERLÂNDIA (1)



          O descobridor do Brasil

          O maior atacadista do país fatura
          1,6 bilhão de reais entregando
          mercadorias em lugares aonde
          poucos ousam chegar



          Divulgação
          Antonio Milena
          UM SALTO EM CINQÜENTA ANOS
          Alair, o Papai Noel sertanejo: de um pequeno armazém nos anos 50 a um faturamento de 1,6 bilhão de reais


          Alair Martins do Nascimento, de 68 anos, fundador do atacado Martins, é o Papai Noel dos grotões do Brasil. Os 2 500 caminhões da empresa com sede em Uberlândia, Minas Gerais, percorrem 125 milhões de quilômetros por ano, o equivalente a 3 119 voltas ao redor da Terra. Entregam mercadorias em todos os municípios brasileiros, fazendo um ziguezague constante num território equivalente a duas vezes e meia a área dos quinze países da União Européia. Nos grandes centros urbanos, as indústrias vendem diretamente às grandes lojas e supermercados. Fora das capitais, é outra história. Uma história que se confunde com a de Alair Martins. De acordo com estimativas, cerca de 60% dos alimentos industrializados, produtos de higiene, limpeza e perfumaria que circulam pelo interior do Brasil são distribuídos por empresas atacadistas das quais o grupo Martins é o maior representante no Brasil. Sem os caminhões da Martins, milhões de pessoas não teriam acesso aos produtos de Natal. É nesta época do ano que a companhia faz seu maior volume de entregas, mas a operação é sempre gigantesca em qualquer dia, semana ou mês.



          Do pequeno e humilde armazém, fundado na década de 50 com alguns trocados, ao império de hoje, Alair teve muito trabalho e pouco glamour. Para ganhar cada milhão, foi obrigado a mudar de estratégia continuamente. Depois da etapa inicial do desbravamento do Centro-Oeste, a Martins se beneficiou da inflação galopante. "Assim como as demais companhias do setor, ela comprava produtos da indústria na última semana do mês e vendia na primeira do mês seguinte, incorporando a inflação passada", conta Geisa Cleps, professora da Universidade Federal de Uberlândia e autora de um estudo sobre o assunto. Mas, para se distanciar dos concorrentes e chegar a um faturamento anual de 1,6 bilhão de reais, a Martins precisou ser mais do que oportunista. Foi necessário ser também pioneira. "A empresa percebeu antes das demais que apenas entregar mercadorias não bastava", diz Altamiro Borges, dono da consultoria ABPL. A Martins fundou um banco para financiar seus clientes e começou a orientá-los na montagem da loja. Ensina-lhes coisas que vão da composição adequada de produtos até a maneira mais atraente de distribuí-los pelas prateleiras. Os treinamentos e os cursos acontecem na Universidade Martins do Varejo, em Uberlândia, ou no caminhão usado como escola itinerante. 


          Fotos divulgação
          Antonio Milena
          ESCOLA PARA OS CLIENTES
          O caminhão itinerante da Universidade Martins do Varejo simula uma loja: treinamento e cursos para comerciantes de qualquer lugar do país

          Quando Alair tinha 17 anos, morava na região de Uberlândia e pensava em parar de trabalhar na roça para montar um armazém. Vivia sonhando com caminhões e carros. O primeiro aliado foi a mãe, dona Lidormira. Foi ela quem conseguiu convencer o pai de Alair a vender uma pequena propriedade rural e financiar o armazém de secos e molhados do filho. Já no primeiro ano Alair pagou a dívida com o pai, e ainda sobrou dinheiro para reinvestir. Logo depois, casou-se com Vanda, sua mulher até hoje. Os três filhos foram criados dentro da Martins, e apenas um deles tem negócio próprio. Alair não completou o ensino fundamental, mas aprendeu rapidamente o caminho para fazer o negócio sair do armazém. No fim da década de 50, já tinha uma pequena frota de caminhonetes usadas. Comprou o primeiro caminhão no início da década de 60. Quando a economia brasileira começou a crescer a taxas altíssimas, no fim dos anos 60, ele estava pronto para decolar vendendo para pequenos comerciantes.




          Hoje, Alair mora em uma casa confortável, com quadra de tênis e piscina aquecida, mas sem grandes ostentações. Depois de tantos anos de trabalho, reservou tempo para curtir os netos e praticar dez horas de exercícios por semana. Nada, caminha e faz alongamento, orientado por uma personal trainer. Não gosta de falar de política, mas, questionado sobre o fato de Lula, uma pessoa simples como ele, ter chegado ao posto mais alto na nação, responde: "Se ele escolher bem as pessoas que vão trabalhar com ele, como eu fiz, as chances de sucesso são grandes", diz Alair.

          Fotos Antonio Milena
          Antonio Milena
          TECNOLOGIA DE PONTA
          Wilson José da Silva, motorista há quinze anos da Martins: informações via satélite (à esq.). Os três robôs no depósito de Uberlândia (à dir.)

          Além da empresa-mãe, Alair criou sete outras firmas, entre elas um banco que financia a abertura de lojas e a compra de mercadorias. No depósito em Uberlândia, o trabalho pesado fica a cargo de três robôs, que deslocam as caixas enquanto apenas três funcionários acompanham a operação. Tudo é computadorizado. Os 4.000 vendedores a serviço da empresa visitam semanalmente mais de 180.000 clientes em todo o país e têm como ferramenta de trabalho um laptop, o que permite que o prazo de entrega varie de um a quatro dias no máximo. Nessas entregas, os caminhões da Martins despejam coisas volumosas ou tão simples como dois ou três aparelhos de barbear, uma dúzia de canetas esferográficas, uma garrafa de uísque ou dez pacotes de absorventes higiênicos. Os caminhões param até para entregar uma única lâmpada, se houver um pedido assim na lista. Os destinos podem ser um vilarejo encravado no meio da Amazônia ou um povoado perdido no meio do pampa gaúcho. Um quarto dos caminhões é monitorado por um sistema de rastreamento de carga via satélite que já reduziu os roubos em mais de 90%. A indústria reconhece o esforço da Martins na busca por segurança e qualidade. A Philips, detentora das marcas Walita e Philishave, tem de 5% a 7% da distribuição de seus produtos feita pela Martins. "A vantagem de trabalhar com o Alair é que o grupo consegue atingir os pontos mais isolados do país", diz Amália Sina, vice-presidente da Philips do Brasil.

          Divulgação
          SEM BARREIRAS
          A Martins atende a todos os municípios do país, mesmo os de difícil acesso. Ao ano, são 125 milhões de quilômetros percorridos

          A expansão das grandes redes de supermercados e lojas é um dos maiores temores de empresas como a Martins. No cenário internacional, os grandes distribuidores de mercadorias já começaram a perder terreno porque os fabricantes estão dispensando os canais intermediários, entregando eles próprios aquilo que produzem. "Faz parte de um esforço para diminuir os preços dos produtos", explica Marcos Gouvêa de Souza, consultor especialista em vendas. No Brasil, estima-se que a área de alimentos industrializados, produtos de higiene, limpeza e perfumaria tenha vendas de 100 bilhões de reais por ano. Desse total, 56% já são vendidos diretamente das fábricas para as grandes redes de supermercado e lojas. Cerca de 16% ficam com empresas do estilo do Makro, que vendem para comerciantes.




          A pressão vem tanto de fora quanto de dentro do setor atacadista. O que uma companhia inova num dia é copiado no seguinte pelos competidores. Curiosamente, as três maiores firmas de atacadistas do Brasil têm sede em Uberlândia. Quer dizer: o exemplo de Alair Martins foi seguido por gente que morava junto dele. Nilton Peixoto de Souza começou a vida como engraxate e hoje comanda a terceira maior empresa de entregas do país. Atento aos acertos do concorrente, a Peixoto passou a dar consultoria a seus clientes em áreas como marketing e visual das lojas. A Arcom, a segunda companhia do ranking nacional de entregadoras, é chefiada por Dilson Pereira da Silva, o "Dilson da Mortadela". Quando chegou a Uberlândia, na década de 50, Dilson revendia mortadela usando uma bicicleta. Além do apelido, ganhou dinheiro, poupou e acabou comprando o caminhão que deu origem à empresa. Até meados dos anos 90, a Arcom distribuía apenas artigos de armarinho. Hoje explora a venda de alimentos e material de limpeza. Nesse ambiente competitivo, os erros podem custar caro. Nos últimos anos, o mercado dava como certa a indicação de Juscelino como sucessor do pai, Alair. Uma parceria frustrada com o grupo português Jerônimo Martins e o fraco desempenho do negócio de comércio eletrônico embolaram a sucessão. Alair, que dava sinais de estar se afastando do comando da empresa, voltou com toda a carga ao comando.


          Fonte:http://veja.abril.com.br/181202/p_122.html
          Por: Denise Ramiro e José Edward

          O comércio atacado de Uberlândia e região até 1980 (2)

          O avanço dos nossos atacadistas até Mato Grosso, por meio dos destemidos motoristas, que representou, ao mesmo tempo, uma afirmação e alargamento dos negócios com o noroeste goiano, permitiu que, nos fins da década de 30 e início da de 40, se fosse organizando um contexto atacadista mais agressivo e mais técnico.

          Surgem “casas” como a Capparelli, Viúva João Calixto, Colombo Vilela, M. Serralha, Irmãos Mendes, Oscar Miranda. Por iniciativa de Francisco Capparelli, o sistema de pagamento começa a mudar. Das velhas contas correntes, o pagamento passa a ser feito na volta do motorista, ou seja, por meio do motorista.

          Geraldo Migliorini une-se a Boulanger Fonseca e iniciam o atacado de medicamentos em substituição a Alexandre Campos, de Uberaba, que possuía filial aqui. Os depósitos de medicamentos alcançam grande concentração na década de 50 superando a casa dos 30 estabelecimentos. Problemas fiscais no início da década seguinte afastam todos para Goiânia. Em 1949, instalam-se os primeiros depósitos de derivados do petróleo.

          Na década de 50, os viajantes começam a substituir os motoristas na tomada de pedidos e isso também substitui a forma de “pagamento na volta” pelos faturamentos por prazo certo. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento das empresas permite a criação das frotas próprias o que, a par de enfraquecer as organizações classistas dos motoristas, estabelece um sistema mais eficaz de atendimento à clientela: a pronta entrega. Esse novo sistema viria criar maior confiança nos industriais paulistas que afastariam definitivamente seus viajantes da área que ficava livre para os nossos atacadistas.

          Na segunda metade da década de 50, a construção de Brasília arrasta o nosso atacado para aquela área e, por extensão, para o norte goiano. A primeira empresa a enfrentar a solidão daqueles nortes é M. Serralha. Depois, o Capparelli chega ao Maranhão.

          Em 1953, é fundada Borges & Martins (Alair Martins, seu pai Jerônimo e seus irmãos) destinada a ser um dos maiores atacadistas da cidade. Em 1958 instala-se a filial de Tecidos Tita. Em 1960, José Alves monta a Casas Alô Brasil, Osório Peixoto lança as bases do futuro Armazém Peixoto em 1961 etc...

          A partir da década de 70, Uberlândia se transforma no maior centro atacadista distribuidor do interior do país, chegando à década de 80 com uma cobertura de 80% do território nacional. 
          Distribuiu-se, daqui, quase tudo:
          Secos e Molhados 
          • Alô Brasil
          • Armazéns Martins
          • Casas Uberlândia
          • Armazém do Comércio (ARCOM)
          • Armazém Peixoto
          • Irmãos Jorge
          • Irmãos Guedes
          • União
          • Urso Branco
          • Armazém do  Ponto
          • Dom Bosco (*)
          Tecidos 
          • Tecidos Tita
          • Ragueb Chofih
          Eletrodomésticos e Bicicletas 
          • Irmãos Spirandelli
          Calçados 
          • Reis& Costa
          • Osvaldo Oliveira
          • Comercial Silveira
          • Casa das Linhas
          • União 
          • Casa Cristiane
          • Irmãos Garcia 
          • Real Moto Peças
          • Geraldo Migliorini
          • Distribuidora Mineira
          • Mercantil Centro Oeste
          • Farbrasil
          • Distribuidora Silveira
          • Esso 
          • Texaco
          • Ypiranga
          • Petrobras
          • Shell
          • Atlantic
          • São Paulo
          • Irmãos Spini
          • Ipabrac
          • Soaço
          • Cofermat
          • Triângulo
          • Agroenge
          • Metalúrgica Nacional
          • Ipê
          • Irati
          • Imperial
          • Mamoré
          • José Alves
          • Triângulo
          • União
          • Irmãos Kehdi
          • Nova Esperança
          • Bádue
          • Cevada
          • Disbram
          • Skol
          • Inglesinha
          Isso, tirando a distribuição feita pelas próprias indústrias e algum lamentável esquecimento.(*)

          Fonte: http://www.correiodeuberlandia.com.br/? tp=coluna&post=17687&uid=55