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"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

Hoje pagamos no Brasil o preço de uma logística ineficiente e ineficaz. Temos um litoral imenso, rios navegáveis mas usamos as rodovias que cortam o Brasil de leste a oeste, de norte a sul. Temos imensas regiões planas e próprias para o uso de ferrovias, mas nossa malha ferroviária utiliza 5 bitolas diferentes, e um trem não consegue sair do sul até o sudeste, pois os trilhos são incompatíveis.

Nossa agricultura não consegue escoar a produção do Centro-Oeste até o litoral de maneira eficiente
Nossa indústria sofre com custos logísticos imensos atrapalhando nossa competitividade internacional.
Nossos aeroportos com tantos atrasos e cancelamentos.
Assim, sem segurança nas estradas e com uma péssima infra-estrutura de transportes, vamos perdendo competitividade e nossas empresas deixam de crescer. Lembrando que ainda temos o desafio de receber uma COPA e uma OLIMPIADAS pela frente.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Percentual de entregas de produtos não perecíveis com atraso está muito elevado!

A equipe do ILOS realiza desde 1994 a Pesquisa de Customer Service, na qual avalia a percepção dos supermercadistas com relação a um conjunto de dimensões do serviço logístico, como disponibilidade, frequência de entrega, pontualidade, entre outras, da indústria de bens de consumo.
O resultado da pesquisa de 2015 mostra uma situação preocupante no que se refere ao cumprimento do prazo de entrega acordado para produtos não perecíveis: a prática média do mercado fornecedor é atrasar entre 18% e 34% dos pedidos, dependendo da região do país, muito longe da expectativa dos supermercadistas, como mostra a Figura
Este desempenho resulta em elevados índices de insatisfação dos supermercadistas, conforme pode ser observado na Figura 2. Mesmo considerando os fornecedores tidos como benchmarks do mercado, ainda encontramos um percentual de supermercadistas insatisfeitos muito elevado. Isto porque o atraso na entrega influencia diretamente na disponibilidade de produtos, resultando em rupturas no varejo ou em níveis de estoques mais elevados.


Além disso, este padrão de serviço dificulta a implementação de estratégias mais sofisticadas, como Omni-channel.
Como imaginar a integração das múltiplas plataformas de vendas e distribuição, que exigem grande velocidade de reação da cadeia, com quase um terço dos pedidos chegando com atraso?

Referência
http://www.ilos.com.br/web/analise-de-mercado/relatorios-de-pesquisa/customer-service-alimentos-nao-pereciveis/

Impacto do formalismo para o Supply Chain Management no Brasil

No Brasil, existe uma grande quantidade de leis, regras, normas e procedimentos que buscam reduzir riscos, ambiguidades e incertezas, aumentando o controle sobre o comportamento e ação das pessoas.

Isto ocorre devido a característica cultural do formalismo, presente em nosso país. Aparentemente contrário ao personalismo, outra característica marcante de nossa cultura, estas duas parecem se compatibilizar através do “jeitinho”, conforme proposto por Roberto Da Matta.

A consequência disso são discrepâncias entre o que está escrito e o que é feito de fato, resultando na criação de um sem número de atividades e mecanismos de controle nas organizações.

São muitas as evidências que sugerem o excesso de formalização exigido no Brasil na área de Supply Chain Management, como o exemplo recorrente da necessidade de transportar a mercadoria acompanhada de um documento para fiscalização in loco, que é emblemático por reunir as características do formalismo: exigência de documentação escrita e mecanismos de controle redundantes.

Inúmeros outros exemplos poderiam ser apresentados para ilustrar os entraves na área de SCM no Brasil causados pelo formalismo, como o excesso e a complexidade das regras tributárias, os procedimentos alfandegários absurdos…
Este tipo de formalização burocrática é extremamente adversativo para a gestão integrada da cadeia de suprimentos, na medida em que dificulta a fluidez de recursos entre os elos e torna o processo mais lento e dispendioso.
Outra queixa recorrente dos executivos da área, o desperdício de tempo, está de um lado relacionado com o formalismo (suas ineficiências e duplas checagens), e de outro com a própria relação do brasileiro com a passagem do tempo e a baixa orientação ao cumprimento dos planos.
Esta não é uma característica que afeta exclusivamente o SCM, mas especialmente, uma vez que a agilidade e a produtividade são benefícios almejados por suas práticas, sendo prejudicado diretamente por esta característica.
Também é evidente que o excesso de formalidades cria dificuldades que acabam por abrir espaço para a corrupção, que pode gerar desigualdade nos mecanismos competitivos, pois nem todos precisariam seguir as mesmas regras ou partem da mesma base de custos, o que desestimula a produtividade e a integração.
Obviamente, a corrupção não é resultado exclusivo da burocracia, como tampouco pode-se descartar sua influência.
Por tudo isso, tão urgente quanto as questões de infraestrutura, a área de SCM, para se desenvolver em nosso país, precisa de uma reforma que desburocratize a operação, simplifique a tributação, elimine “atalhos”, evite a corrupção e favoreça a associação entre parceiros comerciais.
/em   /por