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"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

Hoje pagamos no Brasil o preço de uma logística ineficiente e ineficaz. Temos um litoral imenso, rios navegáveis mas usamos as rodovias que cortam o Brasil de leste a oeste, de norte a sul. Temos imensas regiões planas e próprias para o uso de ferrovias, mas nossa malha ferroviária utiliza 5 bitolas diferentes, e um trem não consegue sair do sul até o sudeste, pois os trilhos são incompatíveis.

Nossa agricultura não consegue escoar a produção do Centro-Oeste até o litoral de maneira eficiente
Nossa indústria sofre com custos logísticos imensos atrapalhando nossa competitividade internacional.
Nossos aeroportos com tantos atrasos e cancelamentos.
Assim, sem segurança nas estradas e com uma péssima infra-estrutura de transportes, vamos perdendo competitividade e nossas empresas deixam de crescer. Lembrando que ainda temos o desafio de receber uma COPA e uma OLIMPIADAS pela frente.

domingo, 11 de setembro de 2011

TRANSFORMAÇÃO PESSOAL

Eu acredito em transformação.
Eu não acredito na imutabilidade de circunstâncias e pessoas.
Eu acredito que a tudo o que é vivo é inerente a evolução:
Numa pessoa,
Num pensamento,
Nos acontecimentos cotidianos,
Num animal,
Numa doutrina.
Com minha fé na transformação,
Eu crio um espaço livre
Onde ela possa acontecer.
Eu contribuo
Para que o mundo se desenvolva.
Ulrich Shaffer
por CHIS GASPER 
Todas as vezes que leio este texto penso no desafio pessoal e profissional que vivemos a cada minuto em busca da transformação, seja a própria seja a de pessoas com as quais interagimos.

Algumas perguntas recorrentes surgem neste sentido: qual é a transformação que buscamos verdadeiramente? O que buscamos conquistar com esta transformação? O que esta transformação tem a ver com nosso propósito e valores pessoais? Quero e sou capaz desta transformação?
No mundo organizacional, as exigências dos comportamentos desejados muitas vezes provocam um estado excessivo de tensão, quando na verdade deveriam servir apenas de direcionador de rumo das equipes e da empresa. No ambiente competitivo não é permitido ser apenas bom e muito menos dar tempo para que as coisas aconteçam, germinem e cheguem ao ponto ideal de colheita. Nada disso é permitido! Tudo tem que ser realizado com rapidez e eficiência, um tem que valer três ou mais, o resultado é o maestro de uma orquestra de ‘super heróis’ destroçados.
E assim volta o poema de Ulrich Shaffer que sugere a criação de um espaço livre para a transformação. Ele fala de olharmos para nós mesmos enquanto indivíduos e seres únicos. Ulrich nos convida a interagir com o mundo sem nos anular, ao contrário, ele propõe uma troca ecológica e produtiva. Mas como fazer isso? Essa é a questão de muitos que já se despertaram para o autoconhecimento e para a revisão saudável de suas vidas. Quando somos quem somos, somos mais e melhores, sempre.

Pensando no papel de líder, indago sobre fórmulas prontas e enlatadas de liderança e dos fracassos e decepções decorrentes delas. Precisamos expandir a visão e enxergar que cada líder é único, com seus pontos fortes e falhas. Perceber que cada equipe é única, pois cada membro que a compõe traz consigo seus talentos, recursos, conflitos e indagações produtivas. O que precisamos estabelecer é qual o objetivo do grupo e qual a contribuição esperada e possível de cada indivíduo que compõe o time. É preciso separar o que é particular e o que é comum a todos, para liderar com eficácia.
Quando queremos a transformação de algo, precisamos ter em mente primeiramente quem somos e onde queremos chegar, saber que nem tudo é possível e necessário de ser transformado. Também e principalmente, precisamos considerar o fator tempo para que o processo aconteça.
Tempo para despertar a necessidade da transformação. Tempo para se estabelecer o espaço propício à transformação. Tempo para o processo de transformação. E, até, tempo para perceber que a transformação é algo cíclico, natural e constante. Daí percebemos com clareza de que ela faz parte de nós, do grupo e do mundo como um todo, sendo então um esforço contínuo de desenvolvimento e expansão da raça humana.
Quando colocamos a transformação num patamar menos inatingível e mais objetivo, ela ocorre com leveza e com significado, mais coletiva e com menos superficialidade. E assim vamos conquistando o almejado mundo transformado.
fonte: http://blogsferas.wordpress.com/2011/08/22/transformacao-pessoal/

ACORDEMOS

É sempre fácil
examinar as consciências alheias,
identificar os erros do próximo,
opinar em questões que não nos dizem respeito,
indicar as fraquezas dos semelhantes,
educar os filhos dos vizinhos,
reprovar as deficiências dos companheiros,
corrigir os defeitos dos outros,
aconselhar o caminho reto a quem passa,
receitar paciência a quem sofre
e retificar as más qualidades de quem segue conosco...
Mas enquanto nos distraímos,
em tais incursões a distância de nós mesmos,
não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição.
Enquanto nos ausentamos
do estudo de nossas próprias necessidades,
olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva,
somos simplesmente 
cegos do mundo interior 
relegados à treva...
Despertemos, a nós mesmos,
acordemos nossas energias mais profundas
para que o ensinamento do Cristo
não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida,
porque o infortúnio maior de todos 
para a nossa alma eterna
é aquele que nos 
infelicita quando a graça do Alto
passa por nós em vão!..
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE. 1978.



Recado de Amigo

Não se amedronte. Prossiga 
Em seu trabalho no bem. 
Prestando serviço a todos 
Não menospreza a ninguém.
Cultive perdão e amor 
Esqueça qualquer espinho... 
Tribulações e problemas 
Isto é de todo caminho.
Se você caiu em falta, 
Para erguer-se, volte atrás. 
Só não erra neste mundo 
Aquele que nada faz.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Loja de alegria. Ditado pelo Espírito Jair Presente.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Levanta, sacode a poeira e ….


Levanta, sacode a poeira e ….

…se mexe para fazer a roda girar !!!!
O mundo corporativo será um ambiente melhor para se viver quando todos os seus habitantes perceberem que enviar um e-mail é muito diferente de fazer a roda girar e, por consequência, as coisas andarem.
É incrível como a praga do “enviei um e-mail” esta tomando conta do mercado corporativo. Problemas não são resolvidos, assuntos importantes ficam parados, projetos não evoluem, decisões não são tomadas porque o e-mail que foi enviado, ainda não foi respondido.
Não posso defender aqueles que não respondem e-mail, mas consigo admitir que as vezes não temos condições de zerar a caixa de entrada e ir embora para casa com a sensação de dever cumprido. Agora o que não admito é a passividade, falta de iniciativa e excesso de tolerância daqueles que se escondem atrás do e-mail enviado para justificar o porquê da roda não girar.
Entendo que mais errado do que não responder um e-mail é acreditar que o SEND significa que sua parte no todo já esta feita e que agora é só aguardar. Entre não ter a resposta para um e-mail e ver um projeto atrasar, um prazo não se cumprir ou decisão não ser tomada existe a opção de uma ligação telefônica, de um contato pessoal ou de escalar a não resposta ao seu líder ou ao líder do ausente.
E para você, quem esta mais errado ? Quem não responde um e-mail ou quem acha que ao mandar um e-mail, sua parte já foi feita ?

Por Fábio Jorge Celeguim

O vexame dos transportes no país


O Brasil é o quarto maior país em área continua do planeta: a distância entre o Rio de Janeiro e o Acre, ou entre o Rio Grande do Sul e o Ceará, equivale à de Lisboa a Moscou. São dimensões continentais que exigem grande esforço para serem vencidas e tornam nosso sistema de transportes fundamental para nossa integração e desenvolvimento.
Assim, os grandes países, como Canadá, China, Rússia, Estados Unidos, e a União Europeia, se esforçam continuamente para reduzir os custos de transporte, investindo e modernizando a infraestrutura e tornando as distâncias cada vez menos importantes na equação econômica. Porém, no Brasil, os longos trajetos são vencidos predominantemente por caminhão. Esta distorção nos impõe extraordinários prejuízos, dentre os quais uma ocupação territorial desequilibrada onde se destaca uma vasta região interior de acesso caro e difícil, pouco povoada, contrastando com uma faixa costeira abrigando quase 80% da população e da economia.
Para ilustrar a escala deste absurdo, imaginamos o Brasil possuindo um sistema de transporte semelhante ao do Canadá, com sua participação racional de rodovias, ferrovias e navegação, cada qual atuando em sua faixa própria: caminhões em distâncias curtas e médias, ferrovias e navegação nos trajetos maiores e nos troncos de grande densidade de tráfego). E calculemos os benefícios resultantes.
Um PIB a mais de benefícios
As contas foram efetuadas à luz da experiência que acumulamos no desenvolvimento dos grandes corredores ferroviários de Carajás, Norte – Sul, Ferronorte e Centroleste. Os resultados obtidos foram extraordinários: ao longo dos próximos 25 anos, o PIB brasileiro cresceria cerca de 3,8 trilhões de reais, o que equivale ao PIB atual. Ou seja, cresceríamos um PIB a mais no período considerado. Seriam arrecadados 660 bilhões de reais adicionais em impostos, economizaríamos 130 bilhões em manutenção rodoviária e 30 bilhões em acidentes. Além do fator financeiro, cerca de 360 mil mortes nas rodovias seriam evitadas.
As empresas também se beneficiariam muito. Elas fariam uma economia de por volta de 800 bilhões de reais em frete, uma fantástica quantia que seria reinvestida em suas atividades, aumentando a competitividade, reduzindo preços, ampliando mercados e aliviando pressões inflacionárias. O país deixaria de consumir cerca de 600 bilhões de reais em óleo diesel, energia equivalente a dez vezes a geração anual de Itaipu, evitando a emissão de 800 milhões de toneladas de dióxido de carbono, uma significativa contribuição à mitigação do aquecimento global.
As ligações ferroviárias e hidroviárias entre a vasta região central e a faixa litorânea do país, reduzindo os elevados fretes atuais, induziriam uma onda de desenvolvimento no interior, gerando mais de 30 milhões de empregos distribuídos por centenas de novas cidades. Tal ocorrência poderia absorver a sobrecarga dos grandes fluxos migratórios dos municípios costeiros. Por sua vez, as próprias cidades litorâneas, substituindo o caminhão pela navegação de cabotagem, estimulariam fortemente o comércio entre si, que é feito atualmente por estradas em condições precárias, sobretudo. Seriam inúmeras oportunidades de desenvolvimento, inclusive integrando os grandes centros litorâneos do País com as dos países vizinhos, desde a Patagônia até a Venezuela.
Ao contrário do que parece, para este resultado não seria necessária uma quantia muito alta de investimentos. O cálculo aponta para uma injeção entre 40 e 60 bilhões de reais, aplicados ao longo de dez anos na construção de troncos ferroviários, aquavias e portos. É uma quantia irrisória em face dos benefícios auferidos. E, como importante consequência do processo, planejando com inteligência e focando os interesses do País, poderíamos criar uma poderosa indústria ferroviária, portuária e de navegação próprias, como ocorre com nossa indústria aeronáutica.
A agricultura, uma das grandes vítimas do gargalo do transporte atual, seria grandemente beneficiada, como demonstrado pelos 600 milhões de reais economizados em fretes nos últimos 10 anos pelo Corredor Centroleste (entre Goiânia e Vitoria), onde 1800 quilômetros de ferrovias transportam cerca de quatro milhões de toneladas de grãos por ano, embarcando-as em navios de até 120 mil toneladas. Seria o efeito da transformação da matriz sobre o setor agrícola como um todo.
Como se vê, estamos diante de um projeto transformador do país, cuja realização depende da conscientização e do apoio do governo, da sociedade, dos usuários e dos investidores, contrapondo-se às forças que vem controlando nossa política de transportes por mais de meio século, sustentando uma idade das trevas em termos de logística. Uma era que parece não ter fim, indiferente a ferrovias, hidrovias, navegação, eclusas, portos, estaleiros, laboratórios, centros de pesquisa e cursos de engenharia. Um período ao longo do qual órgãos públicos foram corrompidos e desestruturados, cargos técnicos ocupados por leigos ou coisa pior, portos tratados como feudos políticos, ferrovias privatizadas sem obrigação de redução de fretes, pulverização de usuários, ampliação da malha, desenvolvimento de novas regiões e eletrificação. A navegação de cabotagem permanece embrionária, e as rodovias, castigadas por excesso de trafego, pesos e manutenção precária.
Os custos do status quo são catastróficos, e seu esquema mantenedor aparenta ser indestrutível, capaz de absorver investidas periódicas e se recompor sempre. Parafraseando Cícero: quo usque tandem?
Por Paulo Augusto Vivacqua: Professor Emérito de Engenharia da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo), presidente da Academia Nacional de Engenharia e presidente do Corredor Atlântico do Mercosul. Fonte: Carta Capital.

Armazenagem e expedição – parte II

Nessa minha curta trajetória de escrever sobre logística e outros assuntos ligados ao mercado de trabalho, procuro passar um pouco da minha experiência como profissional da área e, com erros e acertos, chamar atenção para coisas obvias que não percebemos e para outras que realmente incomodam e que necessitamos trabalhá-las para que, com persistência, paciência e humildade, se transformem em obstáculos vencidos.
Uma das muitas coisas que me incomodam, é a falta de continuidade de processos dentro de empresas que acabam por desmotivar, através da desvalorização, equipes inteiras. O que se percebe é que algumas gestões só se preocupam com a compra e com a venda. Só se preocupam com a produção porque sabem que sem produção não há venda – Pior que algumas nem isso percebem. E a armazenagem, não importa? E o almoxarifado, tão importante para manter a circulação do “sangue” nas empresas, não tem valor?
A maioria dessas empresas cuja gestão parece “pausar” o interesse por seu dinheiro após as compras de matérias-primas e peças, e só percebê-lo novamente com a ação da venda de seus produtos, trata com descaso o fluxo que permite várias melhorias dentro de seus custos e processos. Faz-se vistas grossas para esses recursos que não geram lucros diretos para a empresa e esquecem que eles podem gerar muitos prejuízos. Não nos importamos com o que comemos até que nos faça mal. Entre a fome e a compra do alimento é importante saber como foi tratado e feito para evitar problemas. Mas, como não temos tempo ou interesse, vamos contaminando nossos corpos (empresas) com o que nos proporcionamos de ruim.
Fui motivado por um comentário sobre o primeiro artigo a me estender no assunto, pois acredito que essa situação é vivida por muitos em milhares de empresas que não lidam bem com os valores de seus estoques. O comentário expressava que esse profissional trabalha em um grande atacadista de tecidos e ele é responsável pelo controle de estoques que conta com cerca de 5 mil itens. Esse controle é realizado com uma simples calculadora, pois os diretores não investem em tecnologia. Ainda segundo ele, vivem na idade da pedra e conta com a paciência para, um dia, reverter esse quadro.
Em resposta a esse comentário tão atual dentro do processo de armazenagem em milhares de empresas, e não só de pequeno porte, vou pular o trivial queimando algumas etapas que acredito já tentadas por diversos profissionais da área, como: “Seu estoque precisa ser controlado e eu não consigo sem condições de trabalho”; “está dando diferença e vai comprometer as compras e a produção” ou o mais praticado: “Vamos ter que ajustar”.
Partindo direto para o que faz a diferença, vamos falar de números. A Armazenagem e a Expedição lidam com muitos números, como outros setores. No entanto, os números dos estoques, que incluem os produtos acabados, são tratados de uma forma indireta já que eles aparecem nas compras ou no faturamento. Aqui mora o perigo. As perdas e falta de controle aumentam, e muito, os custos de produção. Dessa forma, as vendas vão sendo afetadas e só se percebe nas compras depois de um certo período. Sua empresa já pode estar abarrotada de itens que sua manutenção e produção não darão conta. Dinheiro parado. Diferentemente de um estoque alinhado, esse dinheiro circula dentro da empresa e passa por muitas melhorias devido a um controle eficaz.
Em muitos casos, incluindo o comentado pelo leitor, esse problema é muito mais perigoso para a estrutura financeira da empresa, pois o estoque tende a um momento no mercado, moda ou outro tipo de sazonalidade que traz a obsolescência do estoque através disso ou da falta de controle de circulação por meio de um sistema PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai).
Considero o poder dos números algo surpreendente. Em uma de minhas palestras, exemplifico a importância de R$ 0,01 (Um centavo) em uma conta bem simples: Dê-me um centavo no dia primeiro e dobre o valor acumulado a cada dia e veja quanto estará me dando no dia trinta. Some os valores de todos os dias e verás que em um mês você faliu e eu enriqueci astronomicamente. É preciso dar valor às menores coisas que lhe possa parecer.
Dessa forma, sempre sugiro que transforme o estoque, deficiências, furos, movimentação e outros fatores em números, em R$. Toda gestão, por mais despreparada que seja sempre se sensibiliza quando os argumentos viram moeda. É uma das formas de obter a continuidade acabando com aquela “pausa”, pois agora compras, estoques e vendas falam a mesma língua. Assim, pode-se pensar em melhores equipamentos, treinamento de pessoal e, para outros, sair da calculadora para um sistema informatizado de estoques. Afinal, o mercado está repleto de sistemas com preços acessíveis e muito funcionais de acordo com sua realidade.
Como eu terminei o artigo anterior atentando aos cuidados com a Armazenagem e Expedição, citando que não se morre apenas de infarto, mostre que a dor no bolso da sua empresa incomoda bastante. Não desistam, transformem!


fonte:http://www.logisticadescomplicada.com/armazenagem-e-expedicao-parte-ii/#utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+logisticadescomplicada+%28Log%C3%ADstica+Descomplicada%29

domingo, 4 de setembro de 2011

A “fritura” de profissionais de logística no mercado aquecido – o risco.

A onda agora tem sido a procura cada vez maior por profissionais de logística “qualificados” no jargão do mercado.  Até aí muito bom se o problema não tivesse inicio no termo “qualificado”.  Você pode buscar no Aurélio e vai achar várias definições para “qualificado”. Mas o que podemos compreender como “qualificado”? O primeiro passo para este esclarecimento  deve vir de quem contrata e, é exatamente ai começa o problema.

As empresas começam a sentir necessidade de se organizarem logisticamente, implementando melhorias de processo de transporte, recebimento, armazenagem e atendimento de pedidos e ai, alguém do alto escalão vem com a solução mágica de contratar alguém “qualificado”, nesse negócio de logística (esta na moda!!!).

Isso pode gerar um efeito em cascata que, no final das contas, vai “queimar” o profissional contratado, elevar o antigo departamento de transportes ao “olimpo” corporativo e certamente “pichar” o termo “logística” na diretoria.

Por que isso acontece?
Vamos analisar friamente e tentar identificar quantos executivos de primeiro escalão sabem o que é e como a logística pode impactar nos seus negócios. Podemos afirmar sem risco que não são muitos, a maioria, no grande universo de empresas em crescimento (pequenas e médias e surpreendam-se até algumas grandes) tende a confundir a logística com o transporte e para por ai; um modismo que garante melhor visibilidade para os clientes; daí substituir a denominação do antigo “departamento de transportes” por “departamento de logística” já resolve o problema e ainda por cima sem custos.

Estaria tudo bem se do outro lado não estiverem clientes que realmente saibam o que é logística e, portanto, tiverem uma base e parâmetros claros de cobrança e aferição sobre o desempenho logístico do contratado. Nesta condição, a pressão a que o antigo “departamento de transportes”, agora de “logística” irá sofrer, poderá reverberar em todos os demais setores da empresa colocando em risco contratos e conseqüentemente resultado operacional.

Mas e daí?
No auge da pressão, alguém vai sugerir (não se espante se for o mesmo que sugeriu a mudança anterior do nome do departamento de transportes), que se contrate alguém com experiência em logística para o “departamento de logística”, mas sem exageros por favor; um profissional só, e com qualificações que não ponham em risco a atual gerencia do ex departamento de transportes.

O que você acha que vai acontecer? Se não acontecer nada, menos mal, mas se acontecer...os conflitos vão se instalar e tenha certeza...irão se propagar em uma velocidade espantosa. Além do caos instalado o profissional certamente vai sair “queimado” desta relação e irão se ouvir pelos corredores e nas reuniões, infelizmente ele não se adaptou a cultura da empresa, muita moderninade em pouco tempo... dentre outras bobagens corporativas, mas que infelizmente existem.

Qual a solução?
Primeiramente que as empresas se orientem quanto a necessidade de efetivamente trabalharem e tratarem “logística” de forma focada e orientada para resultados no negócio como um todo. Que pensem em logística desde o planejamento da produção até a logística reversa, em cadeia e com ligações firmes com os demais departamentos da empresa. A partir deste entendimento corporativo a diretoria pode partir para buscar profissionais qualificados, e neste momento é importante que alguém e, por favor, não o departamento de recursos humanos ou mais modernamente falando de “gestão de pessoas” ou “gestão de talentos” especifique os níveis de qualificação exigidos.

A qualificação deve ter inicio em noções e praticas de planejamento, fundamentais para qualquer profissional de logística, passar por especificação de serviços e gestão de contratos, gestão de fluxo de materiais (recebimento, armazenagem, atendimento de pedidos) e logística reversa, fundamental para o fechamento do ciclo do processo. Obviamente o profissional em questão deve ter noções de dimensionamento de mão de obra e elaboração de redes de distribuição ou pelo menos ser hábil no uso de softwares de simulação que executam estas atividades com perfeição.

Mas lembrem-se; um ótimo coordenador de transporte pode não ser o profissional qualificado que você busca; mas não se assuste se o seu “supervisor de logística” também souber fazer coordenação de transportes.

Portanto, antes de qualquer coisa é necessária a dissimulação da logística e dos seus conceitos nas empresas por meio de ações de treinamento, participação dos executivos em seminários e fóruns de discussão sérios sobre logística, filiação a instituições e conselhos de logística nacionais e internacionais visando abrir e alargar horizontes. Ou seja, se queremos praticar logística como diferencial em nossos negócios aproveitando de forma sinérgica e focada os benefícios do crescimento econômico devemos pensar logística “grande e longe” e ai sim colher os benefícios da “diferença” que a logística pensada e aplicada vai trazer para o seu negócio.

Escrito por:  Renato Rochini Neto
Engenheiro Mecânico, especialização em engenharia de produção.
49 anos
 Graduação
·         Pós Graduação em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF.
·         Graduação em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia de Varginha – UEMG.
 Especialização
·         Líder Coaching pelo ICI – Integrated Coaching Institute.
·         Capacitação em Gerenciamento de Projetos pelo PMI – Project Management Institute – capítulo São Paulo.
·         Capacitação em Comercio Exterior pela Aduaneiras.
·         Planejamento de Cadeias de Suprimento pelo Ibralog – Instituto Brasileiro de Logística.
·         Kaizen aplicado pela TBM Consulting.