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"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

Hoje pagamos no Brasil o preço de uma logística ineficiente e ineficaz. Temos um litoral imenso, rios navegáveis mas usamos as rodovias que cortam o Brasil de leste a oeste, de norte a sul. Temos imensas regiões planas e próprias para o uso de ferrovias, mas nossa malha ferroviária utiliza 5 bitolas diferentes, e um trem não consegue sair do sul até o sudeste, pois os trilhos são incompatíveis.

Nossa agricultura não consegue escoar a produção do Centro-Oeste até o litoral de maneira eficiente
Nossa indústria sofre com custos logísticos imensos atrapalhando nossa competitividade internacional.
Nossos aeroportos com tantos atrasos e cancelamentos.
Assim, sem segurança nas estradas e com uma péssima infra-estrutura de transportes, vamos perdendo competitividade e nossas empresas deixam de crescer. Lembrando que ainda temos o desafio de receber uma COPA e uma OLIMPIADAS pela frente.

domingo, 4 de setembro de 2011

A “fritura” de profissionais de logística no mercado aquecido – o risco.

A onda agora tem sido a procura cada vez maior por profissionais de logística “qualificados” no jargão do mercado.  Até aí muito bom se o problema não tivesse inicio no termo “qualificado”.  Você pode buscar no Aurélio e vai achar várias definições para “qualificado”. Mas o que podemos compreender como “qualificado”? O primeiro passo para este esclarecimento  deve vir de quem contrata e, é exatamente ai começa o problema.

As empresas começam a sentir necessidade de se organizarem logisticamente, implementando melhorias de processo de transporte, recebimento, armazenagem e atendimento de pedidos e ai, alguém do alto escalão vem com a solução mágica de contratar alguém “qualificado”, nesse negócio de logística (esta na moda!!!).

Isso pode gerar um efeito em cascata que, no final das contas, vai “queimar” o profissional contratado, elevar o antigo departamento de transportes ao “olimpo” corporativo e certamente “pichar” o termo “logística” na diretoria.

Por que isso acontece?
Vamos analisar friamente e tentar identificar quantos executivos de primeiro escalão sabem o que é e como a logística pode impactar nos seus negócios. Podemos afirmar sem risco que não são muitos, a maioria, no grande universo de empresas em crescimento (pequenas e médias e surpreendam-se até algumas grandes) tende a confundir a logística com o transporte e para por ai; um modismo que garante melhor visibilidade para os clientes; daí substituir a denominação do antigo “departamento de transportes” por “departamento de logística” já resolve o problema e ainda por cima sem custos.

Estaria tudo bem se do outro lado não estiverem clientes que realmente saibam o que é logística e, portanto, tiverem uma base e parâmetros claros de cobrança e aferição sobre o desempenho logístico do contratado. Nesta condição, a pressão a que o antigo “departamento de transportes”, agora de “logística” irá sofrer, poderá reverberar em todos os demais setores da empresa colocando em risco contratos e conseqüentemente resultado operacional.

Mas e daí?
No auge da pressão, alguém vai sugerir (não se espante se for o mesmo que sugeriu a mudança anterior do nome do departamento de transportes), que se contrate alguém com experiência em logística para o “departamento de logística”, mas sem exageros por favor; um profissional só, e com qualificações que não ponham em risco a atual gerencia do ex departamento de transportes.

O que você acha que vai acontecer? Se não acontecer nada, menos mal, mas se acontecer...os conflitos vão se instalar e tenha certeza...irão se propagar em uma velocidade espantosa. Além do caos instalado o profissional certamente vai sair “queimado” desta relação e irão se ouvir pelos corredores e nas reuniões, infelizmente ele não se adaptou a cultura da empresa, muita moderninade em pouco tempo... dentre outras bobagens corporativas, mas que infelizmente existem.

Qual a solução?
Primeiramente que as empresas se orientem quanto a necessidade de efetivamente trabalharem e tratarem “logística” de forma focada e orientada para resultados no negócio como um todo. Que pensem em logística desde o planejamento da produção até a logística reversa, em cadeia e com ligações firmes com os demais departamentos da empresa. A partir deste entendimento corporativo a diretoria pode partir para buscar profissionais qualificados, e neste momento é importante que alguém e, por favor, não o departamento de recursos humanos ou mais modernamente falando de “gestão de pessoas” ou “gestão de talentos” especifique os níveis de qualificação exigidos.

A qualificação deve ter inicio em noções e praticas de planejamento, fundamentais para qualquer profissional de logística, passar por especificação de serviços e gestão de contratos, gestão de fluxo de materiais (recebimento, armazenagem, atendimento de pedidos) e logística reversa, fundamental para o fechamento do ciclo do processo. Obviamente o profissional em questão deve ter noções de dimensionamento de mão de obra e elaboração de redes de distribuição ou pelo menos ser hábil no uso de softwares de simulação que executam estas atividades com perfeição.

Mas lembrem-se; um ótimo coordenador de transporte pode não ser o profissional qualificado que você busca; mas não se assuste se o seu “supervisor de logística” também souber fazer coordenação de transportes.

Portanto, antes de qualquer coisa é necessária a dissimulação da logística e dos seus conceitos nas empresas por meio de ações de treinamento, participação dos executivos em seminários e fóruns de discussão sérios sobre logística, filiação a instituições e conselhos de logística nacionais e internacionais visando abrir e alargar horizontes. Ou seja, se queremos praticar logística como diferencial em nossos negócios aproveitando de forma sinérgica e focada os benefícios do crescimento econômico devemos pensar logística “grande e longe” e ai sim colher os benefícios da “diferença” que a logística pensada e aplicada vai trazer para o seu negócio.

Escrito por:  Renato Rochini Neto
Engenheiro Mecânico, especialização em engenharia de produção.
49 anos
 Graduação
·         Pós Graduação em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF.
·         Graduação em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia de Varginha – UEMG.
 Especialização
·         Líder Coaching pelo ICI – Integrated Coaching Institute.
·         Capacitação em Gerenciamento de Projetos pelo PMI – Project Management Institute – capítulo São Paulo.
·         Capacitação em Comercio Exterior pela Aduaneiras.
·         Planejamento de Cadeias de Suprimento pelo Ibralog – Instituto Brasileiro de Logística.
·         Kaizen aplicado pela TBM Consulting.

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