Na Você S/A desse mês há uma ótima matéria intitulada “Discurso de Rei” (pág. 80). Aborda o fato de que no universo corporativo estamos sempre sendo julgados e aponta que uma das situações que melhor avalia nossa competência convocatória e nosso poder de influência é quando precisamos fazer uma palestra, a apresentação de alguma ideia ou a venda pessoal de um produto.
Na revista é explorado o antes, o durante e o depois de uma apresentação corporativa, e a minha ideia aqui nesse post é comentar sobre a estruturação da “hora da verdade”. Como disse a especialista em comunicação Leny Kyrillos: “Falar bem exige conteúdo, experiência, habilidade de contar histórias e até mesmo uma boa dose de espetáculo para encantar a plateia”.
Com base na minha experiência de quase 17 anos como professor, palestrante e facilitador, eu costumo usar a sequência: ESPANTO + ENCANTO + MOBILIZAÇÃO = uma espinha dorsal para a estrutura da conversa.
Para facilitar, vamos supor que você tem 90 minutos para dar a sua mensagem:
- O primeiro momento – ESPANTO – tem como objetivo chamar a atenção da audiência, ou seja, o que você pode mostrar de relevante, diferente, provocativo ou divertido de forma que faça com que as pessoas se sintam animadas: “Oba, isso é legal!” ou “Puxa, não tinha olhado isso por esse ponto de vista!”. Estime para essa fase de 10 a 15 minutos do seu tempo total. Você pode também perguntar ao grupo qual a expectativa deles sobre o tema ou descobrir qual a experiência deles sobre o assunto.
- O segundo momento – ENCANTO – tem como objetivo sensibilizar o grupo sobre o assunto em questão. Uma boa dose de empatia irá ajudá-lo a customizar a sua abordagem de modo que faça sentido para a plateia o que você esta falando. Estime aqui 45 a 60 minutos. Nessa fase é importante que você fale mais para o coração do que para os ouvidos.
- O terceiro e último momento – MOBILIZAÇÃO – tem como objetivo dar ferramentas para que as pessoas possam aplicar no dia a dia delas o que você falou ou induzi-las a tomar uma decisão. Por exemplo: explique o custo X benefício da ideia ou faça perguntas como “O que isso tem a ver com o meu dia a dia na empresa?”; “O que eu poderia começar a fazer?”; “O que eu poderia cessar de fazer?”. E, ao fim do encontro, procure ajudar sua audiência a seguir em frente e acreditar no lado positivo das mudanças.
A Dicaduka é a importância de “treinar apresentações”. Se você está fazendo um curso de pós-graduação, MBA empresarial ou um curso in-company, não perca a oportunidade de experimentar falar em público. É comum ver aluno que faz de tudo para não se expor, e aí, quando for pra valer, o seu histórico pessoal em apresentação é quase nulo. Lembre-se: a escola é um dos poucos locais onde as pessoas que estão assistindo sua apresentação estão torcendo por você!
Mochila nas costas e até a próxima trilha!
Professor Paulo Campos tem 20 anos de experiência em soluções de aprendizagem (Ensinar,Aprender e Liderar). Desde 2000 já realizou mais de 1.200 palestras para 65 mil pessoas nos temas relacionados ao comportamento humano nas áreas de Liderança, aprendizado de adultos e gestão de pessoas. Siga no twitter e seja fã no facebook.
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