Páginas

"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

"" LOGÍSTICA custa dinheiro. Erros no gerenciamento LOGÍSTICO custam clientes ! ""

Hoje pagamos no Brasil o preço de uma logística ineficiente e ineficaz. Temos um litoral imenso, rios navegáveis mas usamos as rodovias que cortam o Brasil de leste a oeste, de norte a sul. Temos imensas regiões planas e próprias para o uso de ferrovias, mas nossa malha ferroviária utiliza 5 bitolas diferentes, e um trem não consegue sair do sul até o sudeste, pois os trilhos são incompatíveis.

Nossa agricultura não consegue escoar a produção do Centro-Oeste até o litoral de maneira eficiente
Nossa indústria sofre com custos logísticos imensos atrapalhando nossa competitividade internacional.
Nossos aeroportos com tantos atrasos e cancelamentos.
Assim, sem segurança nas estradas e com uma péssima infra-estrutura de transportes, vamos perdendo competitividade e nossas empresas deixam de crescer. Lembrando que ainda temos o desafio de receber uma COPA e uma OLIMPIADAS pela frente.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Fretes CIF ou FOB?

Quem atua na logística já deve ter passado por alguma situação urgente em que o frete foi determinante para o desfecho acompanhado, minuciosamente, por outros setores da organização. Desgastante correria devida alguma falha ou por ter sido acompanhado de forma errada pela contratante ou pela contratada. E aí, aquelas perguntas ecoam: “Já chegou?”, “Onde está?”, “Sabe que vai parar?”…
Isso acontece muito com a logística inbound (dos fornecedores para as fábricas), mas não se limita apenas a essa modalidade. Muitos problemas referentes às atribuições operacionais vêm ocorrendo pela comodidade, falta de informação ou até má fé de alguns fornecedores de serviços de transporte que não monitoraram suas rotas de cargas e deixam o destinatário vendido na informação, ou ainda, pela opção do cliente por um tipo de frete sem antes conhecer seus pormenores.
Há muito se plantou que os fretes CIF (Cost, Insurance and Freight ou custo, seguro e frete) ou FOB (Free On Board ou posto a bordo) seriam apenas para determinar quem arcaria com os custos, o fornecedor (quando CIF) ou o cliente (quando FOB). Não é só isso. Não é só custo. Estão envolvidas outras responsabilidades. Quando esses termos (INCOTERMS) foram incorporados nas operações logísticas rodoviárias nacionais, não vieram com todos os atributos e parecem estar perdendo os determinantes, previsibilidade e acompanhamento, com o passar dos tempos. Estão deixando de ser exceções quando, pelo avanço de tecnologias de monitoramento e interatividade, não se investe nesses serviços como se deveria.
Ainda pode-se dizer que o cliente tem que confiar na entrega por não dispor de um bom sistema de acompanhamento de cargas que, justiça seja feita, tem muita transportadora disponibilizando a um baixo custo repassado, ou simplesmente pela falta de tempo para acompanhar suas cargas, deixando na mão do transportador, pura e simplesmente. “Se o frete é CIF eu não vou me preocupar”. Está errado. Uma produção mais segura exige mais que isso. “Meu transportador é de confiança”. Já vi parcerias se quebrarem devido a isso e o “pague meu prejuízo” ainda ecoa. Claro que não dá para acompanhar tudo. Mas, partindo do princípio que só se gerencia aquilo que se mede… Seu processo não está seguro. Totalmente seguro nunca estará. Porém, a eliminação dos efeitos das imprevisibilidades através dos seus controles processuais lhe garante, no mínimo, ações mais planejadas e sujeitas ao sucesso.
Contudo, isso é uma prática das empresas que enxugam gastos onde não deveriam e assim correm mais riscos. Você pode ver pessoas ociosas em outros setores, na Logística não. Não faltam tarefas, há sempre o que acompanhar e melhorar. E aí os processos se tornam falhos, como nos casos em que optar por um tipo de frete diferente do proposto seria mais econômico e seguro. Porém, não há tempo para pesquisar, cotar ou acompanhar. Lembre-se que os custos com frete representam o maior gasto no setor de logística de uma empresa e, reestudá-los agregando valor ao seu produto, pode lhe destacar profissionalmente.
Pode não ser o seu caso, mas muitas empresas optam pelo sistema “valei-me Deus!” e deixam seus processos nas mãos de empresas prestadoras de serviços não muito confiáveis. O problema é que sempre devemos ver os outros com olhos profissionais, mas nem sempre eles são como os enxergamos.
Outro dia, numa consultoria, perguntei ao comprador sobre a entrega de matéria-prima. Ele me respondeu que o fornecedor não sabia. O frete era CIF. Jogou a responsabilidade para ele monitorar. Pelo visto, o fornecedor utilizava aquele sistema, o “valei-me Deus!” que, para o fornecedor e para a prestadora de serviços, isso é imperdoável. Assim como o fornecedor escolher a transportadora quando o frete é FOB sem que o cliente o autorize.
Para evitar isso, desenvolva mais contatos no seu mercado de compras ou se intere mais sobre a atuação das parcerias já estabelecidas visando sempre trazer os processos mais importantes para suas mãos, independentemente de serem CIF ou FOB. Melhor ainda, interagir mais de perto com seus parceiros pode lhe evitar sustos e render uma relação maior de confiança e de prioridades.
O monitoramento às vezes se perde na escolha ou nas práticas erradas. Muitos serviços de frete se sustentam na precariedade das rodovias e em outros fatores usados para justificar sua ineficiência. Os cuidados na hora de contratar e firmar uma parceria são justificados naquela operação urgente que obteve sucesso ou quando do sinistro de uma carga. Seguro, frota, rotas, nível empresarial e história no mercado são indispensáveis. Saiba que centenas de transportadoras fecham e nascem outras centenas todos os anos no Brasil. Por isso, cuidado com suas cargas. Cuidado com o tipo do frete. Sua empresa pode estar pagando caro demais pela comodidade – Ou pela omissão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário