Escrito por sofiaesteves
Hoje vou começar falando sobre um tema que, por mais debatido que seja nunca está desgastado: ética. A definição da ética é única, surgindo na Grécia antiga e perpetuando-se ao longo dos anos na filosofia. O significado da palavra continua sendo o mesmo, sempre, mas a prática parece ter mudado com tempo. Hoje em dia vejo certa dificuldade quando nos perguntamos, afinal, o que é ser ético? Até que ponto pensamos estar agindo de maneira ética? E quando não estamos?
Ser ético é respeitar leis, normas e regras? No entanto, se não nos identificamos com essas, devemos segui-las?
É fazer o que julgamos ser correto, não indo contra os nossos próprios princípios? Mas o que realmente é correto? Será que os seus princípios são iguais aos de todos?
Ou seria apenas ter a consciência limpa?
Enfim, a complexidade do meu questionamento inicial não está associada simplesmente a discussão do conceito em si, mas sim ao contexto de cada situação. O agir de forma ética é muitas vezes balizado pela conseqüência dos atos. Isso quer dizer que, não é uma tarefa muito difícil reconhecermos fundamentos morais básicos e invioláveis, como matar, roubar, etc, pois a conseqüência de tais ações é instantânea e próxima. Mas e quando não é? Será que baixar música na internet é anti-ético? E entrar no cinema com carteira de meia-entrada falsificada? Ou então comprar um DVD pirata? Que mal esses atos provocam em alguém?
A ética nos negócios não segue um caminho diferente. A alta competitividade profissional torna o ideal ético um conceito maleável. E é nesse labirinto que muitos jovens profissionais acabam entrando sem saber qual a melhor saída. No início da carreira a insegurança causada pela pouca vivência profissional faz com que o jovem entre no dilema de qual a melhor decisão tomar ao se deparar numa situação anti-ética. Sair da empresa? Reportar ao superior? Tentar mudar a cultura da organização? Seguir o fluxo, pois o mais importante em jogo é a própria carreira? Pode parecer que não, mas situações como essas são extremamente comuns. E não são exclusivas de profissionais jovens…
Recentemente fizemos mais uma edição da pesquisa Empresa dos Sonhos dos Jovens®, através da qual mapeamos comportamentos e perfis do jovem brasileiro, e quando perguntamos quais valores eles consideram mais importantes, a resposta foi unânime: ética e honestidade. Por outro lado, apenas 1% considera que a ética é um valor esperado pelas empresas dos jovens profissionais. Além disso, 56% afirmaram que sairiam da empresa se um líder revelasse falta de ética. Por outro lado, apenas 9% acreditam que a ética é um valor que não pode faltar no líder. Vale ressaltar que 99% têm o desejo de assumir posições de liderança. Esses dados nos fazem questionar: Será que ética é algo que devemos somente esperar do outro? Ou é um valor que devemos sempre trazer conosco?
Uma dica? Sempre se coloque no lugar do outro. A empatia é uma competência valorizada em qualquer lugar. Pensar de forma ética é respeitar o valor do coletivismo, é pensar no todo e principalmente não fragmentar o seu julgamento a partir de cada situação, mas sim sustentar os seus ideais e princípios, seja no âmbito pessoal ou profissional da sua vida.
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