Quantas vezes você parou para pensar se sua correria é urgente ou importante? Talvez nenhuma. Não dá tempo… Muitas vezes a correria é tão intensa que se alguém lhe perguntar para onde vai, você pode até mesmo não saber nem o porquê de estar correndo.
Isso também é um divisor para chefias e empresas. Chefes mandam com urgência; verdadeiros líderes destacam a importância. Setores que só executam urgências podem deixar de fazer o que realmente é importante. Empresas se perdem em urgências (os chamados incêndios) e não reestudam seus processos importantes. Dessa forma, todos perdem o senso da importância e passam a tratar o que é e o que não é importante como urgente. E tudo se transforma numa correria diária que não tem mais fim. Mas nem tudo é assim, ou não precisa ser assim.
Os exemplos podem não ser dos melhores. Mas, vivemos fugindo dos problemas, isso é urgente, e não fazemos o importante que é resolvê-los. Suponhamos que você está prestes a ser atacado por uma serpente na cozinha da sua casa (Pessoal, é só um exemplo… Vamos deixar os bombeiros e o IBAMA fora dessa). O que é urgente e o que é importante entre fugir ou matar a serpente? Para eu não ficar mal com o IBAMA, vamos usar outro exemplo: Se sua sogra veio lhe fazer uma visita, o que é urgente ou importante entre sair e ficar para, numa conversa amigável e educada, tentar provar-lhe que você é uma ótima pessoa e que está cuidando bem do(a) filho(a) dela para que suas visitas sejam menos frequentes? (Também não quero me complicar com as sogras comparando-as com o exemplo das serpentes. Afinal, eu adoro a minha [...] serpente que cuido na cozinha).
Os exemplos podem não ser dos melhores. Mas, vivemos fugindo dos problemas, isso é urgente, e não fazemos o importante que é resolvê-los. Matar a serpente é o importante. (Pessoal, isso só vale para o primeiro exemplo. O da sogra não!). Fugir só vai adiar o ataque. Mesmo que você nunca mais vá à cozinha, ela pode lhe surpreender em outro compartimento. Adiar uma solução é fortalecer o problema. Assim como não dá para fugir e matar a serpente ao mesmo tempo, não acredite que uma tarefa pode ser importante e urgente, a não ser que não tenha sido dada a importância merecida. Se fosse importante não seria urgente.
Vejo pessoas em seus setores absorvendo urgências em procedimentos errados sem tempo para corrigi-los. Quando se trabalha com o importante as coisas tendem a estar mais nos trilhos, a urgência é porque algo já deu errado e vai continuar acontecendo, pois há uma desorganização que não lhe separa do estresse, da falta de tempo e daquele cansaço de tanto ter feito e não ter visto os resultados. Essa falta de gerenciamento do seu tempo pode não partir de você, e sim, do seu setor. Cabe então, reuniões para otimizar um ou outro processo que esteja sendo mal conduzido e gerando retrabalhos ou furos que geram ações urgentes. Não acredite também que não há tempo para cinco minutos para se reunir e discutir, de maneira objetiva, esses pontos. Se realmente não há, a coisa está bem mais séria.
Já vi também, pessoas se destacarem em empresas cujo cardápio diário era urgências. Elas foram à raiz do problema e conseguiram eliminar essas urgências inserindo tarefas importantes que fluem separadamente das normais. Dia menos corrido e mais produtivo. Não ficaram totalmente livres de urgências, pois essas nascem todos os dias, mas precisam ser combatidas com profissionalismo, novas ideias e com muita vontade. Não é muito difícil entender as urgências, basta rastreá-las, após resolvê-las, e identificá-las como importantes ou não. Se importantes, o processo precisa ser reparado, pois alguma coisa está errada. Se não importantes, alguém está conduzindo mal um determinado processo e confundindo prioridades.
A palavra “urgente” já faz parte do vocabulário que substitui a persuasão. Afinal, persuadir exige técnica, sabedoria. É mais fácil gritar “URGENTE!” e tudo fica melhor, mais rápido. Não importa se você está acuado ou acuando, desviando o curso de tarefas, prejudicando processos. Usa-se essa palavra até mesmo substituindo o “por favor” ou o “você pode?”. Por mim, ela já deveria ser incluída no rol das possessivas, pois seu sinônimo é “FAÇA!” e ainda se deixa ser sugestiva: “Faça! Ou…”
Exagerei nos significados porque você pode ganhar muito sem o uso frequente dessa palavra. A condução das tarefas fica mais leal. Use-a quando não tiver jeito e as pessoas acreditarão mais em você. Tem gente que usa para tudo e todos que já se tornou um falseamento.
Já ao acordar, o que é importante lhe espera: família, trabalho, estudos, amigos… Você quem dita o que é importante. Assim, também vai determinar o que se tornará urgente. Saiba que o que deixou de fazer de importante vai se tornar urgente para você ou para outras pessoas. É assim que funciona o mundo das responsabilidades. É assim na logística.
Fonte:http://www.logisticadescomplicada.com/importante-ou-urgente/
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